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UNIVERSO LGBT+

‘Precisamos enquadrar os criminosos do preconceito, já que ele não vai acabar’, defende Paolo Vasilescu

Ator apresenta em Porto Alegre, neste sábado (27), o espetáculo em que intrepreta a drag queen Zuleikona

25.set.2025 às 17h25
Porto Alegre (RS)
Redação
‘Precisamos enquadrar os criminosos do preconceito, já que ele não vai acabar’, defende Paolo Vasilescu

Espetáculo 'Zuleikona Maricona' terá única apresentação na Zona Cultural - Foto: Adriana Marchiori

Com brilho, maquiagem e ousadia, mas sem filtros ou retoques, o espetáculo Zuleikona Maricona promete levar ao palco de Porto Alegre o universo LGBTQIAPN+ em toda a sua intensidade. Em única apresentação neste sábado (27), às 20h, na Zona Cultural, a atração reúne humor, música e teatro na pele da drag queen Zuleikona, criada e interpretada pelo gaúcho Paolo Vasilescu.

Com humor ácido e crítico, Zuleikona diverte ao mesmo tempo em que provoca reflexão e questionamentos. Para Vasilescu, o verdadeiro humor é revolucionário. “É um grito dos oprimidos contra os opressores”, afirma.

O espetáculo parte de experiências pessoais do artista para cutucar feridas sociais, combinando música e entretenimento com debate político e agitação cultural. O artista apresenta sete quadros e sete músicas inéditas, que são entrelaçados em uma dramaturgia que conta um pouco da vida do menino, criado em Novo Hamburgo, até a maturidade como homem gay de 50 anos, ator e drag no sul do Brasil.

As canções, apresentadas ao vivo, integram o álbum inédito Toda Estrela Explode, lançado junto com a estreia da produção. Após a apresentação, o espaço continuará aberto com DJs convidados, como a DJ e produtora Gisa Gabriel, e o bar funcionando. A Zona Cultural fica na av Alberto Bins, 900 — bairro Floresta, Porto Alegre.

Confira a entrevista exclusiva de Paolo Vasilescu para o Brasil de Fato RS.

Brasil de Fato RS: O espetáculo chama-se Zuleikona Maricona. Essa palavra, “maricona”, pode ser considerada ofensiva. A Zuleikona é, na essência, uma provocação? 

Paolo Vasilescu: Na verdade, ela se chama Zuleikona e o espetáculo Zuleikona Maricona. Acho mesmo que o título tende a transitar pra somente “Maricona” num futuro próximo. É uma palavra que já foi ofensiva sim e, dependendo do contexto, ainda é. Mas é daquelas palavras que nos apropriamos para ressignificar. “Maricona” é um homem gay de meia idade, uma “bicha velha”. Um termo muito usado ofensivamente entre homens gays etaristas.

Nesse espetáculo, eu abraço essa palavra e me defino como “maricona”. É disso que o espetáculo trata da trajetória de uma maricona, de como “ela” vê o mundo, do que o nosso mundo faz com uma “maricona” e o que “ela” tem a dizer. É o que eu trago de melhor como homem gay e o que torna a Zuleikona especial. Ser maricona é ter sobrevivido até agora. Estar em cena como maricona é provocar em todos os sentidos: estético, político, uma figura meio bufão, meio Dercy Gonçalves, com muita experiência, opinião e sem paciência pra “dourar a pílula”. Zuleika é mais que uma provocação, é uma afronta!

Você já participou de outros projetos e espetáculos em que não atuou como drag. O que levou você a trazer de volta a Zuleikona para os palcos?

Sim, comecei minha vida profissional como ator fazendo teatro infantil com o grupo Luz & Cena de Novo Hamburgo. Em Florianópolis, fiz faculdade de Artes Cênicas e segui fazendo teatro, me aproximando bastante do audiovisual também. Agora, em novembro, estreia, inclusive, o longa-metragem Livros Restantes, da diretora Márcia Paraíso, onde atuo com Denise Fraga.

Depois de Florianópolis, fui pra São Paulo onde me especializei em voice acting, me tornando ator de voz original para animação e locutor publicitário. Por conta disso, acabei me afastando por anos do teatro e da Zuleikona. Quando decidi voltar, quis voltar com a minha voz, com uma dramaturgia autoral, um trabalho original. Já tinha algumas letras de músicas escritas e, a partir delas, comecei a desenvolver a dramaturgia que chegou nesse espetáculo. E tinha que ser com a Zuleikona. Ela é a minha hipérbole, minha máscara para enfrentar o mundo, meu escudo e meu trabalho artístico mais significativo.

A ideia do espetáculo é trazer o público pra cena? Tirar os espectadores da zona de conforto e, ao mesmo tempo, divertir a plateia? 

​Não, o público pode ficar tranquilo que não vou botar ninguém em cena. Eu sei que tem gente que detesta. Eu mesmo, como espectador, confesso que não gosto muito. Existe um quadro ou outro em que diálogo com a plateia, mas a integração entre espetáculo, plateia e bar, vem do espaço e da sua utilização. O ambiente da Zuleikona sempre foi o cabaret, a casa noturna, esse lugar de descontração onde as pessoas estão muito mais a vontade do que num teatro. Assim, o espectador até pode estar em cena porque a cena transborda do palco, mas não vou tirar eles da zona de conforto não! A Zona é Cultural é de conforto.

Quanto a divertir a plateia, sim! Espero que sim! Zuleikona é uma drag, uma comediante, o espetáculo é um show de humor e música, mas que não tem medo de mergulhar em águas mais turbulentas, ainda que tire humor delas também. Na verdade, quem sai da zona de conforto é a figura da drag queen.

O que você diria que ainda é preciso fazer para acabar com a homofobia e o preconceito com a comunidade LGBTQIAPN+?

Ser “maricona” é, entre outras coisas, entender o mundo sem romantismo. Definitivamente, não vejo a homofobia e o preconceito acabando. Ainda mais hoje em dia quando algoritmos orientam afetos e odiar se tornou mais lucrativo do que jamais foi na história.

​O que precisamos é enquadrar os criminosos do preconceito, já que ele não vai acabar. Tirar nossas belas leis do papel e botá-las em prática. E, para isso só, com organização política, mobilização popular, nos organizarmos não só como comunidade LGBTQIAPN+, mas como classe trabalhadora, oprimida e explorada, pra identificarmos nossos algozes e fazermos valer a nossa existência com a força do povo e da lei. 

No mundo que nos quer cada vez mais empreendedores individualizados, cada um por si, essa organização, esse entendimento, essa pressão popular, é o nosso grande desafio e nossa única chance de mudança. De sobrevivência mesmo. Sozinhos morreremos, juntos venceremos!

Editado por: Marcelo Ferreira
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