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SOBERANIA

Assembleia Geral da ONU: O que disseram os líderes dos países do Sahel?

Críticas à ONU e a luta contra o terrorismo no Sahel foram temas apresentados por Burkina Faso, Mali e Níger na tribuna

29.set.2025 às 16h45
Atualizado em 30.set.2025 às 10h28
São Paulo (SP)
Pedro Stropasolas
Assembleia Geral da ONU: O que disseram os líderes dos países do Sahel?

Primeiro ministro do Mali, Abdoulaye Maïga, denunciou em seu discurso o uso de drones enviados pelo "regime ucraniano" a grupos jihadistas que atuam no Sahel - Organização das Nações Unidas (ONU)

Durante a 80º Assembleia Geral das Nações Unidas, os líderes dos três países que formam a Aliança dos Estados do Sahel (AES) enalteceram a luta conjunta de Burkina Faso, Níger e Mali para combater o terrorismo na região e se livrar do domínio neocolonial exercido pela França, antiga colonizadora.

Os representantes dos países da AES também destacaram a necessidade de reformulação do Conselho de Segurança da ONU, cujos membros estão entre os “grandes causadores” dos problemas e crises internacionais, como declarou em seu discurso Jean-Emmanuel Ouédraogo, primeiro-ministro de Burkina Faso.

Nos últimos anos, os três estados do Sahel passaram por levantes militares liderados por setores progressistas das forças armadas com amplo apoio popular, iniciando um processo de ruptura com o Ocidente nessa região africana.

O urânio no Níger

No último sábado (27), Ali Lamine Zeine, primeiro-ministro do Níger, subiu à tribuna da ONU para relatar como a França promoveu desestabilizações para continuar controlando o urânio, a principal riqueza do país. 

O líder nigerino, que substituiu o atual chefe de estado do país, general Abdourahmane Tchiani, destacou a ameaça de intervenção dos países da Cedeao ao Níger nas semanas seguintes ao levante do dia 26 de julho de 2023, que, segundo ele, foi instrumentalizada pela França. “É preciso chamar as coisas pelo nome”, destacou, sob aplausos da tribuna da ONU.

Zeine afirmou ainda em seu discurso que a pilhagem do urânio pela França ocorreu “em detrimento dos nigerinos e do meio ambiente”.  “De fato, após meio século de exploração, o urânio trouxe aos nigerianos apenas miséria, poluição, rebelião, corrupção e desolação, e aos franceses prosperidade e poder”, disse.

População nigerina na região de Arlit é altamente exposta à contaminação por conta da exploração do urânio pela França, denunciam movimentos populares do país africano. Crédito: AFP | AFP

O primeiro-ministro do país enfatizou que pela primeira vez na história as decisões que dizem respeito ao seu país são tomadas por nigerinos, sem influência estrangeira. Esse desenvolvimento endógeno foi o que permitiu, segundo ele, desenvolver medidas sociais fortes, que ele lista:

“A redução dos preços da gasolina e do gasóleo nos postos de abastecimento, a diminuição dos custos de certos atos médicos e cirúrgicos, a redução das propinas escolares e o apoio a redução dos preços da gasolina e do gasóleo nas bombas, a diminuição dos custos de certos atos médicos e cirúrgicos, a redução das propinas escolares e o apoio ao preço de certos produtos de primeira necessidade”, disse no discurso.

Zeine destacou ainda que dentre os valores que fundamentam o vínculo social e a unidade dos países da AES, estão “a mistura interétnica, o respeito à alteridade, a tolerância religiosa e a solidariedade”. 

“Nas vastas extensões do Sahel, com seu clima frequentemente austero, nossos povos compreenderam rapidamente a necessidade de se organizar, criar laços e cooperar uns com os outros para viver em paz e segurança em seu espaço compartilhado. Esses povos compreenderam que permanecer unidos e solidários não é apenas uma opção para serem mais fortes, mas a condição para sua sobrevivência”, destacou.

“De fato, nossos países certamente conheceram em sua história e em um passado ainda recente, guerras em nome da religião e episódios de rebeliões, mas nunca conheceram uma violência mortal gratuita e indiscriminada da magnitude daquela que vivemos hoje”, completou o representante do Níger na ONU.

Reformulação no Conselho de Segurança da ONU

Falando em nome do governo do jovem capitão Ibrahim Traoré, presidente do Burkina Faso, Jean-Emmanuel Ouédraogo, primeiro-ministro do país do Sahel, destacou em seu discurso que uma das maiores injustiças do sistema internacional é atualmente o fato da África, sendo o “berço da humanidade”, continuar sendo excluída das grandes instituições globais. 

“Isso explica também por que nossos problemas, nossas desgraças e nossas dores não são prioritários nestes corredores. A primeira questão a ser revista aqui seria essa, partindo do princípio de uma verdadeira justiça e de um verdadeiro tratamento igualitário para os continentes”, disse Ouédraogo na tribuna da ONU, também no último sábado (27).

Ouédraogo enfatizou que alguns membros do Conselho de Segurança da ONU são hoje os “grandes causadores” dos problemas e crises internacionais, agindo tanto de forma “oculta como aberta”. O primeiro-ministro pediu uma “profunda reforma” do Conselho, a qual definiu como “doente devido à politização, impotente por suas próprias incoerências e ineficaz por causa de divisões constantes”. 

Ouédraogo fez duras críticas ao Conselho de Segurança da ONU durante seu discurso na 80º Assembleia Geral. Crédito: Reprodução/ONU

Ouédraogo denunciou ainda as “sanções injustas e ilegais” aplicadas a Rússia, Cuba, Venezuela, Irã e Nicarágua. Ele expressou o apoio “incansável” de seu país a Caracas e insistiu que a ONU deve intervir para pôr fim a todos os atos hostis contra o país bolivariano.

O líder burkinabé destacou que é preciso caminhar para “um sistema de relações internacionais baseado no multilateralismo equitativo e na cooperação mútua”. 

Ele também comentou a presença do terrorismo no Sahel: “Esses grupos cobiçam nossos recursos, procuram destruir nossa soberania e impor a lei do caos. Mas, longe de nos resignarmos, fizemos a escolha da dignidade e da resistência”.

E complementou destacando as conquistas em relação à segurança interna de seu país. “Mais de 72% do nosso território foi reconquistado, milhares de deslocados internos estão a regressar às suas localidades, as escolas estão a reabrir e os serviços sociais estão a retomar a sua atividade. O Burquina Faso demonstra assim que um povo unido e de pé pode superar as provas mais difíceis”.

Ucranianos no Sahel

Salientando a necessidade de uma reforma da ONU, Abdoulaye Maïga, primeiro-ministro do Mali e ministro da Administração Territorial e Descentralização, também criticou a pouca representatividade do continente africano no Conselho de Segurança.

Em seu discurso na última sexta-feira (26), Maïga ressaltou a importância da Aliança dos Estados do Sahel (AES), que com um “espírito pan-africano” uniu forças para “combater as forças imperialistas” na região.

O maliano enfatizou ainda que, embora pareça distante, a guerra na Ucrânia e o terrorismo no Sahel estão conectados. Ele lembrou que o Mali havia denunciado no mesmo espaço da ONU, no discurso de 2024, um ataque terrorista a uma patrulha das Forças de Defesa e Segurança do Mali na região de Kidal, onde funcionários ucranianos haviam reivindicado publicamente a participação no episódio.

“Um ano depois, a situação se agravou e o regime ucraniano se tornou um dos principais fornecedores de drones kamikazes para grupos terroristas em todo o mundo. Nesse contexto, alguns Estados ocidentais devem parar de fornecer armas à Ucrânia, sob pena de contribuir para a promoção do terrorismo internacional”, disse o porta-voz maliano do governo de Assimi Goïta , chefe de estado do país do Sahel.

Chefes dos governos militares do Níger, Abdourahamane Tiani (c), do Mali Assimi Goita (3º à dir.) e Burkina Faso Ibrahim Traore (2º à dir.) | AFP

Solicitando aos Estados ocidentais que parem de fornecer armas a esse país, Maiga afirmou que o regime francês, “nostálgico da colonização”, tem apoiado a Ucrânia nesta investida. “O apoio [da França] ao regime ucraniano é uma manobra que consiste em ocupar a atenção da comunidade internacional com a guerra na Ucrânia, enquanto patrocina os grupos terroristas que atuam no Sahel”, disse na tribuna da ONU.

O primeiro-ministro lembrou que recentemente, o Mali solicitou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para poder “fornecer provas irrefutáveis do apoio da França às atividades terroristas”. O encontro, porém, ainda não aconteceu.

Quanto à recente retirada dos três países da AES do Estatuto de Roma da Corte Penal Internacional, Maïga colocou que a prioridade de seus estados serão os “mecanismos endógenos de justiça, em consonância com os valores sociais e no interesse do povo da AES”, disse. Ele acrescentou que alguns países têm “uma moral flexível, dependendo dos seus interesses particulares”. 

Editado por: Nathallia Fonseca

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