No dia 22 de março é celebrado o dia Internacional da Água. Durante a semana, estão sendo realizadas atividades celebrando sua importância e reforçando a necessidade de medidas para proteção de nossas águas.
Em Minas Gerias, porém, o governo Zema vai na contramão de toda movimentação a nível internacional. Em vários países e cidades estão ocorrendo processos de reestatização dos sistemas de energia e saneamento, principalmente devido a necessidade de controle estatal no setor das águas para ofertar um melhor serviço a população.
Privatizações a todo vapor
Recentemente, o governador conseguiu privatizar quatro usinas hidrelétricas pertencentes a Cemig, que são importantes reservatórios de águas, além de geradoras de energia. A medida está sendo contestada, mas será preciso muita pressão para reverter esse prejuízo ao povo mineiro.
A agenda prioritária do governo segue sendo a de agradar os aliados empresários e ao setor financeiro. O esforço de privatização da Cemig e da Copasa segue a todo vapor, com mudanças de nomes nos cargos de coordenação das estatais e movimentações na Assembleia Legislativa. O sucateamento das empresas está cada vez maior, diminuindo a qualidade dos serviços e deixando milhares de famílias sem a água e energia.
O plano neoliberal segue o mesmo: precarizar os serviços realizados pelas estatais, ampliar a insatisfação popular e, assim, construir condições políticas para a privatização.
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Na semana passada, a população mineira teria uma oportunidade para pensar políticas públicas voltadas a conservação ambiental e das águas durante a V Conferência Estadual de Meio Ambiente. A condução do governo foi desastrosa. Realizado de maneira virtual, a conferência cerceou a plena participação dos delegados e impediu a discussão qualificada da política ambiental no estado.
Essa maneira de tratar a pauta ambiental é parte do projeto neoliberal subordinado aos interesses do agronegócio e mineração. Toda medida que possa ampliar os mecanismos de proteção ambiental e das águas no estado é combatida pelo governo. O capital não quer fronteiras para seus interesses, não à toa Minas Gerais bate recorde no desmatamento da mata atlântica e do cerrado.
Privatização de hospitais e pedágios na RMBH
A política antipopular do governo Zema segue a galope, tentando transformar os direitos da população em nichos de mercado para o capital. Uma das ações do governador é a tentativa de fechamento de quatro hospitais públicos em Belo Horizonte para criar uma unidade gerida pela iniciativa privada. É um golpe direto contra o SUS e para a privatização da saúde pública.
Na mesma linha, Zema anuncia a tentativa de pedágios na Região Metropolitana de Belo Horizonte, assumindo assim a total incompetência na gestão das rodovias públicas e privatizando o direito de ir e vir.
Ao mesmo tempo, os servidores estaduais estão cada dia mais esgotados, exaustos com o sucateamento dos setores públicos onde atuam, com as promessas vazias e a precarização de suas carreiras.
Porém, nas redes sociais, o governador segue sua hipocrisia, fazendo uma falsa propaganda e deboche contra o povo mineiro. A paciência está esgotando, é tempo de organizar e lutar contra o programa desse governo.
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