Um clichê eleitoral fala que pesquisa é o retrato do passado e que o fundamental é observar a curva de ascensão e queda. A tese pode ser aplicada para o candidato escolhido pelo governador Ratinho Junior para a disputa da Prefeitura de Curitiba. O inexperiente Eduardo Pimentel (PSD), vice de Rafael Greca, embora largue em primeiro na disputa – até o momento -, é um verdadeiro azarão. Ainda mais levando em consideração seus adversários. Ele disputa contra dois ex-governadores, dois ex-prefeitos e experientes deputados estaduais.
Para vencer, Pimentel terá que lutar muito. Principalmente no campo das ideias e ações realizadas. Ele deve ter contra si o ex-governador e eleito melhor prefeito da capital, Beto Richa que, neste pleito, antes de vencer deve se preocupar com sua imagem e legado. Pimentel também tem como adversário o cansado ex-governador e ex-senador Roberto Requião que ainda é capaz de ter algumas boas tiradas e “encurralar o guri” em algum debate.
Além desses pesos pesados da política, Pimentel tem que se preocupar com o ex-prefeito Ducci, bom conhecedor da cidade, e Goura, que detém uma pauta progressista bem definida. Apoiados pela máquina e dinheiro do PT, têm base e envergadura para fazer a disputa nas redes e ruas.
Outra grande ameaça é Ney Leprevost. Tanto que Ratinho Junior (ao apostar no candidato errado) tentou de todas as formas convencer a desistir. O candidato do União Brasil disputa votos diretamente no campo de Pimentel e com possível vantagem: não carrega na vice um bolsonarista raiz. Fato que pode, num segundo turno, definir um indeciso “voto útil”.
Neste mapa ainda tem o ex-prefeito de Pinhais, Luizão Goulart, e a deputada e do clã Ricardo Barros, Maria Victoria.