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Manuela d’Ávila deixa o PCdoB e a gente descobre um novo partido | FEED DO MANOLO

Unidade Popular é um partido antifascista e o mais jovem do Brasil

Manuela d’Ávila saiu do PCdoB. Sua decisão foi motivada por desentendimentos internos. Entre eles, a adesão à Federação Brasil de Esperança que é composta por PT, PCdoB e PV. Para ela, seu partido encolhia diante dos maiores e deixava de fazer debates históricos  e programáticos. Nas redes sociais, internautas pediram sua filiação à UP. E assim a gente descobre “mais um novo partido”.

Quem é de Curitiba pode associar à Universidade Positivo. No entanto, embora o jovem partido tenha em suas fileiras muitos estudantes, a proposta é radicalmente o contrário do que o capital propõe.

“Construídos por vários movimentos sociais independentes que lutavam e se organizavam em trabalhos diversos, como o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, a União da Juventude Rebelião, o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Movimento Luta de Classes, nascemos como expressão e produto da luta dos trabalhadores e operários”, diz a apresentação do partido.

A Unidade Popular pode ser considerada um partido de extrema esquerda de verdade. Ou um partido socialista genuíno. Ele defende o que boa parte da esquerda sequer menciona mais. Focado em uma agenda econômica e dos trabalhadores, a UP tem como bandeiras:

Controle social de todos os monopólios e consórcios capitalistas e dos meios de produção nos setores estratégicos da economia, reestatização das estatais privatizadas; fim dos leilões do petróleo; revisão das concessões dos portos, aeroportos e estradas brasileiras entregues a empresas privadas; estatização de todos os meios de transporte coletivo e Punição exemplar para os torturadores e assassinos da ditadura, revisão imediata da Lei da Anistia; todo apoio à luta pela Memória, Verdade e Justiça.

No segundo turno, em São Paulo, a UP anunciou apoio à Boulos. “Enquanto o povo sofre, os bolsonaristas que governam São Paulo, Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes, aplicam uma política fascista de retirada de direitos da classe trabalhadora”.

Já em Curitiba, os apoios vieram no primeiro turno para a candidata à prefeita Andrea Caldas (PSOL) e a vereadora Giorgia Prates (PT).

Para o jovem partido, “Somos um partido da classe dos explorados. Definimo-nos como
uma organização anti-imperialista, já que não se pode lutar contra a exploração capitalista sem levar em conta que este modo de produção se encontra na fase monopolista privada transnacional”.


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*Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

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