O ministro da Fazenda Fernando Haddad anunciou a isenção de impostos para quem ganha até 5k. Esta é uma promessa de campanha do presidente Lula. Mas enfrenta resistência do reacionário mercado financeiro. Também é contra a extrema-direita bolsonarista. Chamam de medida populista. Na verdade, corrige injustiças fiscais de décadas. Listamos 7 motivos porque você pode defender a medida de Lula.
1 – A Diretora Técnica do DIEESE, Adriana Marcolino, ressalta que a tabela do imposto parou de ser reajustada no Governo FHC. Com isso, a defasagem é de 148%. “Com a isenção até 5 mil, o presidente Lula zera essa defasagem completamente".
2 – No podcast “Por Dentro da Reforma Tributária”, o economista do DIEESE do Paraná, Sandro Silva, explica que o atual modelo prejudica os mais pobres.
'Nesta tabela, muitas pessoas não deveriam pagar o imposto. Por outro lado, há um número baixo de faixas que cria uma distorção. O resultado é um aumento expressivo da arrecadação com base nos mais pobres", comenta.
3 – Ao anunciar as medidas, Lula garantiu o ganho real do salário mínimo em até 2,5%. Com isso, valoriza a renda do trabalhador e mantém a busca pelo equilíbrio fiscal.
4 – O mercado ficou bravo porque os cortes que eles defendem são apenas contra os trabalhadores. Para Marcolino, “além de cobrar tributos em quem ganha mais, colocou limites para isenção fiscal, revisão da aposentadoria dos aposentados e não cortou benefícios que o mercado queria porque encontrou outras soluções".
5 – TAXAR OS RICOS NÃO DESAQUECE A ECONOMIA | Segundo Sandro Silva, no episódio “Dinheiro pra quem tem dinheiro, imposto pra quem é pobre”, a taxação dos ricos e suas fortunas não tira dinheiro da economia.
"Com a tributação menor sobre o consumo, vai aumentar a renda disponível das famílias que ganham menos. Reduzindo as tarifas públicas, sobre alimentação, vai fazer com que a maioria da população aumente sua renda e aumente o consumo, aquecendo a economia", complementa Sandro.
6 – MERCADO CHANTAGISTA | O que o mercado faz é ataque especulativo à moeda com omissão do Banco Central, do bolsonarista Roberto Campos Neto, porque quer “que o Brasil cresça com distribuição de renda”.
7 – O campo progressista questiona que o mercado e o Bacen querem manter um dos maiores juros reais do mundo, pois isso beneficia as pessoas ricas e essas não investem em produção, mas em especulação. É o que mostra o episódio 4 do Podcast “Por dentro da Reforma Tributária”.