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Vereador do Novo, Rodrigo Marcial não quer escutar mulheres surdas vítimas de violência

O posicionamento do parlamentar foi durante a votação do PL de combate à violência contra as mulheres surdas.

Quem é contra ampliar o combate à violência doméstica contra as mulheres? Ainda mais se essa mulher for portadora de uma deficiência física. Parece que ninguém. Mas não é bem assim.

Hoje (12), a Câmara Municipal de Curitiba aprovou o projeto de lei que aumenta as ferramentas para que as mulheres denunciem a violência. A proposta de dois petistas foi apoiada por diversos vereadores de diversos partidos.

Mas, o que poderia ser uma solenidade rápida e simples, se mostrou uma verdadeira batalha. Isso porque o vereador Rodrigo Marcial (Novo) fez de tudo para que o projeto fosse engavetado. Ele apelou a uma forma regimental.

Algo que poderia ser contornado com uma emenda aditiva, supressiva e por aí vai. É o procedimento do Legislativo. Mas o esforço de Marcial era apenas parar derrubar a proposta. Como não conseguiu na CCJ, foi obstruindo o debate até ser vencido.

É verdade que ficou isolado. Apenas o ultra direitista Éder Borges (PL), por birra, fez coro com Marcial.

Pasmem, ele alegou que ‘mulheres surdas’ estariam tendo um privilégio. Disse isso e se calou. Sequer votou.

A surpreende atuação contra um projeto acaba por revelar como uma mulher vítima de violência encontra dificuldades para expor seu agressor. E como o estado passa pano ou se prende em formalismos justamente para inviabilizar certas demandas.

São cegos e surdos para quem muitas vezes não tem voz para denunciar.

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