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Deputados bolsonaristas apoiam taxação de Trump e traem agronegócio paranaense

Brasil aprovou reciprocidade nas tarifas cobradas pelos EUA

Por incrível que pareça, além de Bolsonaro, deputados paranaenses também foram favoráveis a taxação de exportações imposta pelo presidente estadunidense Donald Trump. Enquanto no mundo, países governados de esquerda à direita, da Espanha à Inglaterra, falam em reciprocidade, por aqui alguns defendem que o Brasil saia perdendo.

A prova disso foi a votação na Câmara dos Deputados que autoriza o Brasil a adotar a reciprocidade comercial. Dos 392 que votaram pelo encerramento da discussão e pediram o encaminhamento da votação do projeto, 300 foram favoráveis e 92 contrários.

Os do contra são aqueles que defendem parar o Brasil enquanto a anistia não for apreciada. Mas, neste caso, até deputados favoráveis à pauta do perdão para criminosos, como o apoiador paranaense Pedro Lupion (PSD), líder da bancada ruralista, colocaram os interesses nacionais à frente dos interesses de Bolsonaro e, evidentemente, dos EUA.

Por outro lado, seis deputados simplesmente quiseram impedir a discussão sobre a taxação de produtos como a soja, o café, o aço e o petróleo.

Anote. São eles: Giacobo (PL), Padovani (União), Felipe Francischini (União), Sargento Fahur (PSD), Rodrigo Estacho (PSD) e Stephanes Junior (PSD).

Stephanes Junior, por exemplo, é membro da Comissão de Finanças e Tributação e suplente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional. Ou seja, ele sabe bem os efeitos do tarifaço de Trump para o Paraná.

O fato é, me disse um observador em Brasília, que deram mais importância à pauta ideológica extremista do que as razões comerciais e de exportação. O Brasil, concluiu, que se dane.

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