O deputado estadual Ricardo Arruda (PL-PR) está causando mal estar até na base do governador Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa do Paraná. Tudo porque o “esporte preferido” dele é atacar mulheres no plenário da Casa. Desta vez, sua artilharia se voltou contra a serena Luciana Rafagnin. O ataque, além de ser repudiado pela Oposição, encontrou coro entre deputados da base e na Bancada Feminina.
Para governistas, os posicionamentos de Arruda colocam a Mesa Diretora em uma sinuca de bico. Principalmente após a Alep aprovar um novo Código de Ética que, supostamente, coíbe e pune comportamentos que ferem o decoro e a prerrogativa parlamentar. Arruda, ao chamar Luciana de “cara de pau”, está colocando à prova a capacidade da Casa de impedir violência política de gênero. Governistas entendem que o que o legislativo menos precisa é ficar sendo pautado por comportamentos inadequados.
A fala da vez foi repudiada pela líder da Bancada Feminina, Mabel Canto (PP)-PR). “Respeito é bom e todo mundo gosta. Respeito deveria ser um princípio que todos nós deveríamos cumprir”, reforçou.
Seu posicionamento encontrou coro com os deputados Luiz Claudio Romanelli (PSD), Cristina Silvestri (PP), Maria Victória (PP), Flávia Francischini (União), Ademar Traiano (PSD), Vilmar Reichembach (PSD), Moacyr Fadel (PSD), Márcia Huçulak (PSD), entre outros.
Arruda já havia atacado Ana Júlia e, na semana passada, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) confirmou a condenação e a obrigação do bolsonarista de se retratar publicamente após ataques à ministra Gleisi Hoffmann. Até quando esse tipo de violência será permitido? É o que se pergunta dos parlamentares paranaenses.