Uma movimentação nos bastidores da política, em Brasília, pode ter impacto direto na disputa pelo Palácio do Iguaçu no ano que vem. Trata-se do desejo do PSB nacional de contar com o ex-prefeito de Curitiba e atual secretário de cidades de Ratinho Junior, Rafael Greca, para disputa do Governo do Estado. O “namoro” conta com a aprovação do vice-presidente e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deixou o PSDB para ir para o partido socialista.
A favor desta parceria pesaria a insatisfação de Greca com a falta de protagonismo no governo Ratinho Junior e a necessidade de se dar um palanque forte para o presidente Lula, no Paraná. Soma-se a isso ao fato de o PSB paranaense ser apenas linha auxiliar do governador, sem vida ou política próprias.
Greca, no PSB, teria suporte para ser candidato ao governo do estado. Ele tem sido preterido em levantamentos eleitorais de institutos com inclinação à direita e aproximação ao governo do estado. Causou espanto, por exemplo, que o nome do ex-prefeito não tenha sido testado em uma “pesquisa estimulada” na capital. Seu nome só apareceu na “espontânea”, enquanto seus “adversários internos” de PSD, Guto Silva e Alexandre Curi apareceram no formato estimulado.
Para Greca ser candidato no PSB, por outro lado, antes é necessário que o partido do ex-prefeito e atual deputado federal Luciano Ducci seja retirado das mãos de Ratinho Junior. Observadores comentam que a limpeza deve acontecer em breve.
Outro ponto que pesa a favor da mudança é o fato de o ex-prefeito ser visto como antagonista do ‘bolsonarismo’ e do ‘morismo’. Na eleição municipal do ano passado, inclusive, a extrema direita atacou Greca como se ele fosse ‘petista’, recuperando declarações dele contra Bolsonaro e Sérgio Moro.
**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.
