"Somos mulheres,
Somos guerreiras.
Não naufragaremos,
Seremos um mar de bandeiras!"
Você tem fome de quê? Temos afirmado na construção de um programa popular para uma pré-candidatura parlamentar que nossa missão é de acabar com a fome, mas também com “as fomes” que afligem o povo do Rio de Janeiro.
Plantar, colher e repartir é nosso principal eixo de atuação, porém as brasileiras e os brasileiros também têm fome de democracia, de soberania nacional, a fome de igualdade entre homens e mulheres, entre brancos e pretos, fome de saúde, de segurança, de educação, de liberdade e muitas outras.
O legado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ao disputar os rumos da sociedade, na política das ruas ou dos governos, transparece no nosso jeito de lidar com a terra e dela produzir o alimento saudável que chega às mesas das famílias também da cidade. Com nossas lutas já construímos, conquistamos e consolidamos políticas públicas voltadas para a reforma agrária, para o fortalecimento da agricultura camponesa e para a transição a uma cultura de vida agroecológica, em harmonia com a Natureza.
E vamos conquistar muito mais!
Nosso esperançar para 2022 é que todas e todos tenham aquele encontro básico com a produção camponesa: café da manhã, almoço e jantar; e que tenham mais, tenham soberania alimentar.
Porém nosso “mar de bandeiras” vai além: há outras fomes que também assolam o povo brasileiro nesta quadra da história. A população do Rio de Janeiro tem fome de democracia plena, ter atendido o conjunto de seus direitos, entre eles, acesso à saúde, segurança pública, educação pública de qualidade, mobilidade urbana, moradia, cultura. É isso que está escrito na Constituição de 88.
Do povo emana o poder ao Estado brasileiro para que sejam garantidas os direitos básicos. É essa Democracia que ainda precisamos consolidar!
No Brasil e em nosso estado, a plenitude da Democracia também passa pela conquista da soberania nacional, pondo fim às ameaças fascistas que têm sede no Condomínio Vivendas da Barra da Tijuca. É no berço carioca do bolsonarismo que vamos enterrar sua ameaça à nossa democracia.
Precisamos de políticas públicas que garantam o direito de existir de populações hoje violentadas pela intolerância (religiosa, sexual, racial e de gênero) e pelo domínio das milícias.
Essas fomes devem ser superadas. E, ao entrar na disputa institucional, nossa ocupação mata ainda a fome de participação popular. Ao participar da política, as mulheres propõem e decidem um novo mundo, as mulheres camponesas carregamos um outro projeto de sociedade. As lutas das mulheres e o nosso feminismo camponês e popular aponta para mais mulheres na política e mais políticas para mulheres.
Por isso, não naufragaremos! Seguiremos inundando o parlamento, os governos, o Estado com nosso mar de bandeiras! E você, tem fome de quê?