Mais uma vez, o governador Romeu Zema tenta enganar o povo mineiro. Agora, quer se aproveitar da renegociação da dívida com a União para promover um verdadeiro saldão do patrimônio público.
O governo pretende vender 343 imóveis do Estado e, o pior, com descontos de até 45%. Entre os bens listados estão escolas, hospitais como o Risoleta Neves, prédios de universidades e do Ipsemg, batalhões da Polícia Militar, o Palácio das Artes e a Fundação Caio Martins.
São imóveis que, além do valor financeiro, cumprem papel essencial na oferta de serviços públicos à população.
Zema sempre defendeu a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), um programa que congelava salários, proibia concursos públicos e atacava direitos dos servidores, além de amarrar o Estado a regras rígidas por décadas. Foi graças à articulação da Assembleia Legislativa de Minas e do Senado que esse caminho foi barrado, dando lugar ao PROPAG, um modelo mais equilibrado, pensado para ajudar o Estado a se recuperar sem destruir os serviços públicos.
Mas agora, o mesmo Zema que queria entregar Minas ao RRF tenta sabotar o PROPAG ao propor uma venda em massa de imóveis públicos, algo que não é exigido pelo programa federal. A decisão parte do próprio governo estadual, o que revela uma opção ideológica e política, e não uma imposição técnica.
Mais do que uma simples venda, essa proposta representa um ataque direto ao patrimônio do povo mineiro. É a tentativa de transformar bens públicos em ativos de mercado, enfraquecendo o Estado e abrindo espaço para que interesses privados assumam funções que são públicas por natureza: saúde, educação, segurança e cultura.
E vale lembrar: durante quase seis anos de mandato, Zema deixou de pagar a dívida com a União, o que agravou a situação fiscal de Minas e fez a dívida crescer de forma acelerada. Seguiremos firmes na luta para que o PROPAG seja implementado com responsabilidade e compromisso social, e para impedir que Romeu Zema transforme Minas em mercadoria.
Minas não está à venda!
Marquinho Lemos é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT MG), vice-líder do bloco Democracia de Luta e vice-presidente da Comissão de Participação Popular
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