Não, minha cara leitora e meu caro leitor, não escrevi errado o título da crônica. Vejam o bate-papo que tive com meu brother e vocês irão entender o título da crônica.
– Alô, colê, meu truta, bão demais?
– Tô bem, brother! Itu?
– Num tô legal não, irmão!
– Por quê?
– Fui fazê uns corres numa prova aí e não deu bom. Era um teste para um trampo da hora. Melhorar o feijão aqui pra rainha e o piso do barraco. Fiquei todo confuso, meu irmão, já na primeira questão.
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– Me fala aí, o que pegou?
– Já na primeira questão pediram: preencha a lacuna com a palavra cassada ou caçada. Brother, nem sabia que existiam duas maneiras de escrever a mesma palavra. Achei que era só uma.
– Rsrsrsrsrsrs. Existem, sim! São significados diferentes.
– Na segunda questão piorou um pouco mais.
– O que foi dessa vez?
– Vê se dá pra se feliz! Só no enunciado da questão fiquei perdido, meu truta: “O eminente ministro renunciou ao cargo”, não deve ser confundida com “iminente”, seu parônimo. Em que item a seguir o par de vocábulos é exemplo de parônimo?
A) coser/cozer
B) ratificar/retificar
C) insipiente/incipiente
D) seção/sessão
E) taxar/tachar
Olha aí! A cabeça fritou na hora! Nos corres do dia a dia não falamos assim. Tem que chamar o homi do Dom Casmurro, né? Ele que tem as manhas de escrever, meu cumpadi.
– É foda, mesmo!
– Não tenho nenhuma expectativa de passar nessa prova. Bye, bye aquele sonhado trampo.
– Espectativa ou expectativa?
– Vai se foder, irmão! Rsrsrsrsrsrs. Você deve tá a fim de tomar uma porrada, né? Rsrsrsrsrs.
– Só mais uma coisa, peraí!
– Fala aí, irmão!
– A fim ou afim, junto ou separado?
– Num vou nem te responder. Abraço pra você!
– Fechô, brother! Rsrsrsrsrsrsrsr.
Rubinho Giaquinto é covereador pela Coletiva em Belo Horizonte.
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Este é um artigo de opinião e a visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal
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