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Deputado estadual constituinte do Rio Grande do Sul (1987-1990); Participante da Ciranda pelo CEAAL Brasil, CAMP e Articula PNEPS-SUS.

Tempos loucos: o que esperar e fazer

Não há tempo a perder: toda energia, prioridade das prioridades: ampliar a votação e participação no Plebiscito Popular até 7 de setembro

Como entender o que está acontecendo hoje no Brasil e no mundo? Está muito difícil ter certezas, mesmo para os melhores analistas políticos e econômicos.

A partir desse quadro internacional, o que esperar?  Como saber o futuro? Onde vamos parar? Difícil dizer algo definitivo. Cada dia há uma novidade,  novos lances. Parece jogo de futebol, onde você nunca sabe o resultado final.

O império americano e suas ações, presidente Donald Trump à frente, quer manter sua hegemonia histórica secular, enfrentando o mundo inteiro, sem respeitar limites. Mas o império e sua liderança estão diante de fortes críticas e contrariedade, inclusive de quem nunca se esperava isso, como a Rede Globo.

A paz e a democracia estão mais que nunca ameaçadas, o que já vinha acontecendo com as guerras em andamento, cada dia mais violentas e sem sinais de término, mesmo em meio à crise.

A crise climática cada dia aparece mais extrema e global. Não é mais só no Brasil. Basta ver as tragédias nos EUA, no Texas, Nova Iorque, as ondas de calor na Europa, etc. E em todos os casos, parece não ter havido cuidados prévios ou capacidade de se antecipar às enchentes e tudo mais. E no Brasil, apesar disso tudo, o Congresso acaba de aprovar uma nova lei de licenciamento ambiental, criticada por todos os ambientalistas e por quem está preocupado com o futuro, a natureza, a vida e o cuidado com a Casa Comum.

Diz o sempre analista de grande lucidez José Genoíno: União nacional contra o tarifaço de Trump em defesa do Brasil, da democracia e da reeleição. Ou seja, há uma crise profunda a partir destes acontecimentos globais. E o Brasil precisa se preparar, ou estar pronto para enfrentar o quase caos.

E ainda há outro desafio que, para um analfabeto digital, é difícil de enfrentar e superar: “POLÍTICAS PÚBLICAS NA ERA DIGITAL – Se outrora os censos moldaram Estados nacionais, hoje a soberania estatística se vê ameaçada pelas big techs”. É a reflexão e análise de Márcio Pochmann, presidente do IBGE (Brasil 247, 15.07.25). Além de tudo mais, o império cria novas formas de dominação.

É neste contexto que está acontecendo o Plebiscito Popular 2025 e vai acontecer a COP 30 em novembro  em Belém, Pará, Amazônia. No curto prazo, no segundo semestre de 2025, são duas formas e espaços centrais e prioritários de reação e organização da sociedade, movimentos sociais e populares, Pastorais, ONGs, escolas e Universidades  para enfrentamento das crises e construção, no médio e longo prazo, de uma Sociedade do Bem Viver.

Não há tempo a perder. Toda energia, prioridade das prioridades: ampliar a votação e participação no Plebiscito Popular até 7 de setembro, data do Grito das Excluídas e dos Excluídos, com participação de milhões de brasileiras e brasileiras, e com urnas espalhadas por todos os lugares, com o mais amplo debate. E preparar, especialmente a partir de 7 de setembro, a COP 30, seja participando, para quem puder, de seus eventos paralelos, que serão muitos, seja ampliando a reflexão e as ações no cuidado com a Casa Comum.

*Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

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