Nesta sexta-feira (13), comemoramos o dia de Santo Antônio, conhecido popularmente como “o casamenteiro”. Para o professor, historiador e compositor Luiz Antonio Simas, no imaginário da população brasileira, o santo já é um “amigo íntimo”.
Ao Conversa Bem Viver, o escritor avalia que mais importante do que entender por que um homem é santificado, é compreender como o povo humaniza o santo. “Ele tem essa característica de ser um santo muito próximo, de esquina, cotidiano, de rua. Eu acho que, nesse sentido, o único que se compara é São Jorge”.
Para o próximo ano, Simas foi convidado para participar da elaboração do samba-enredo da escola Paraíso do Tuiuti para o desfile de 2026, que levará ao sambódromo do Rio de Janeiro a tradição do Ifá, que é vinculada à religiosidade africana dos iorubás. O compositor analisa a importância do debate racial nos desfiles, destacando que as escolas de samba são intimamente relacionadas com o contexto em que estão inseridas, sendo influenciadas por ele e o influenciando.
“Escolas de samba são instituições, mesmo com toda a complexidade que as envolve, de vanguarda e de pedagogia popular. Muita gente passou a ter contato com uma certa história do Brasil por meio das escolas de samba, dos sambas-enredos”, explica.
Simas comenta ainda sobre a crescente criminalização do funk e do rap, expressa, por exemplo, na recente prisão do MC Poze do Rodo. Para ele, esse episódio se insere em um contexto mais amplo de tentativa de apagamento das expressões artísticas e culturais produzidas em territórios periféricos. O historiador traça um paralelo entre o cenário atual e a forma como as elites trataram o samba no passado.
“Existe, ao longo da história, um projeto de parte significativa das elites brasileiras de recorte higienista, eurocêntrico e vinculado ao apagamento dos modos de vida das populações que não são brancas: os negros, os pretos e os indígenas”, destaca.
Confira a entrevista completa:
A Paraíso do Tuiuti encomendou uma composição sua para ser o samba-enredo da escola em 2026. O que podemos esperar dessa parceria?
Eu gosto de fazer samba. Durante muito tempo, não pude fazer samba-enredo, porque eu fui jurado do Estandarte de Ouro, prêmio importante do Carnaval. Saí do Estandarte este ano. A Paraíso do Tuiuti, que não faz disputa, mas opta por pedir alguns compositores para que eles componham o samba, me convidou, ao lado do Cláudio Russo, que é um grande compositor, e Gustavo Clarão, um produtor enorme.
Cláudio Russo e eu estamos, então, fazendo samba para o ano que vem, que já está quase pronto. Estamos só colocando mais algumas coisinhas, porque samba-enredo é uma obra em progresso que vai ganhando corpo. Primeiro, você compõe. Depois, ele vai se adequando à bateria, ao canto coral da escola, etc. É um gênero musical cheio de especificidades.
Imagine o que é compor um samba que tem que ser entoado por 3 mil pessoas em canto coral enquanto desfilam. Então, tem umas mumunhas da composição que outros gêneros não têm. Mas eu estou animado. É sempre uma alegria ver um samba que a gente fez na avenida.
O tema do samba da escola de 2026 é Lonã Ifá Lukumi, um enredo que fala sobre a tradição do Ifá, que é vinculada à religiosidade africana dos Iorubás e ao culto aos orixás. Ifá é um oráculo que fundamenta o culto aos orixás.
É um oráculo comandado pelo orixá Olorum Milá. Na diáspora, ele se fortaleceu muito em Cuba, inclusive, Lukumi é como os cubanos chamam os Iorubás. E, de Cuba, o Ifá caribenho, o Lukumi, chegou ao Brasil no fim da década de 1980 e início da década de 1990.
Desde então, Lukumi vem se consolidando no Brasil como mais uma vertente, entre várias, do culto aos orixás. A Paraíso do Tuiuti vai contar essa história, que começa na África, vai ao Caribe, passa por Cuba, falando sobre a escravidão em Cuba, o culto aos orixás em Cuba, a Santeria, a Regla de Otia e, depois, como é que o culto chega ao Brasil.
É um enredo bonito e eu acho que o samba vai dar pé.
Você acredita que estamos vivendo um momento de retomada do enaltecimento da herança afro-diaspórica brasileira?
Os enredos afro começam a aparecer com mais frequência na história dos desfiles tardiamente, a partir da década de 1960. No Rio de Janeiro, isso é muito ligado à escola Acadêmicos do Salgueiro, que, naquela época, fez uma série de enredos de temática afro-brasileira, homenageando o Quilombo dos Palmares, Chica da Silva, entre outros.
É uma tradição que vai se expandindo e faz parte de um contexto mais amplo, que envolve a própria sociedade brasileira e as nossas maneiras de pensar o Brasil. As escolas de samba não são desvinculadas da sociedade e do contexto em que elas estão inseridas. Elas sempre estiveram muito conectadas com tudo o que está acontecendo.
Há um movimento contundente no Brasil que enfrenta muita resistência e oposição. O Brasil é um país marcado por uma formação colonial, excludente, racista e misógina. Ao mesmo tempo, há um Brasil que pulsa nas frestas desse projeto de horror e que constantemente cria sentidos de vida. As escolas de samba vivem nesse tensionamento e eu acho que temos uma tendência bacana.
No ano que vem, não teremos tantos enredos afro assim. Pelo menos no Rio de Janeiro, 2026 terá uma leva de enredos de homenagem. Rita Lee, Ney Matogrosso e Mestre Sacaca serão alguns dos homenageados.
Mas o Tuiuti vem com o afro e a Beija Flor, atual campeã, também, falando do Candomblé de rua. Eu acho positivo, porque escolas de samba são instituições, mesmo com toda a complexidade que as envolve, de vanguarda e de pedagogia popular. Muita gente passou a ter contato com uma certa história do Brasil por meio das escolas de samba, dos sambas enredos.
Isso é importante, depois de um período muito ruim, no qual tínhamos uma leva de enredos patrocinados por marcas que compravam o carnaval das escolas de samba. Nós chegamos a ter em um ano duas escolas tradicionais que desfilaram com enredos sobre companhias aéreas.
Hoje, temos um momento bom e os enredos atuais representam a ânsia que um certo Brasil tem de contar e protagonizar as suas histórias.
Os últimos dados divulgados pelo IBGE sobre as religiões da população brasileira indicaram um aumento de adeptos das religiões de matriz africana. Devemos celebrar esses números?
Ao longo da história do Brasil, os Censos em relação às religiões de matriz africana não são muito confiáveis, já que o racismo religioso inibe a autodeclaração. Eu te garanto que no Rio de Janeiro, por exemplo, há territórios dominados por uma articulação miliciana e neopentecostal, nos quais os habitantes que são ligados às religiões afro-brasileiras têm receio enorme de fazer uma declaração da prática religiosa, por mais que estejam protegidos pelo sigilo do Censo. Existe um clima intimidatório.
Ao mesmo tempo, essas religiões não são religiões que almejam um ganho exponencial de fiéis. As religiões afro-brasileiras não são religiões de conversão. Candomblé e Umbanda não trabalham com a perspectiva de que você tem que converter o outro à sua fé.
A perspectiva evangelizadora de conquistar fiéis, que é uma marca de várias designações cristãs, a catequese, a evangelização, não fazem parte dos códigos de estruturação das religiosidades afro-brasileiras. Ninguém vai tentar te converter ao Candomblé, por exemplo.
Essas religiões almejam, sobretudo, a possibilidade de existir: a pluralidade religiosa que garanta a liberdade de culto. E a situação das religiões afro-brasileiras não é boa, porque elas têm sofrido sistematicamente com o racismo religioso, com uma disputa que se manifesta de forma muito agressiva. Nós temos territórios em que os terreiros tiveram que desaparecer, sob ameaça.
Como você avalia a prisão recente do MC Poze do Rodo e as perseguições a outros artistas periféricos, como o Oruam?
O Poze vem da região da favela do Rodo, que é uma comunidade da zona oeste do Rio de Janeiro. Nas redes sociais, por exemplo, as pessoas divulgaram aquela ficha na qual, no momento da prisão, ele marcou Comando Vermelho. Elas desconhecem completamente a realidade e não sabem que, se você vive em uma comunidade, automaticamente, simbolicamente, você pertence ao comando que controla aquela comunidade.
Em relação ao funk propriamente dito, o que aconteceu não me espanta. Eu não vou emitir nenhum julgamento estético, porque não importa se eu gosto do funk ou não. Mas existe um pano de fundo que é histórico do Brasil de criminalização das manifestações culturais das populações não brancas.
Não estou entrando na discussão se o funk faz apologia ao crime ou não. Não é essa a questão. A questão fundamental é que existe uma história do Brasil marcada por uma perspectiva colonial que tenta promover o apagamento sistemático de tecnologias, perspectivas de vida, saberes e construção de redes de sociabilidade das populações não brancas. A escravidão, ainda que tenha legalmente acabado em 1888, continua sendo a marca mais contundente, cotidiana e indelével da nossa história.
É claro que funk é cultura. As pessoas têm uma visão tosca de cultura, porque confundem cultura com evento ou com um discurso pretensamente sofisticado. Cultura é um campo simbólico onde você elabora sentido de mundo. Faz parte da cultura o que você come, bebe, canta, dança, como você ama, como você odeia, como você lamenta os seus mortos, como você celebra os seus vivos. Isso é o campo da cultura.
Você estabeleceria uma comparação entre o que está acontecendo com o funk atualmente e o que aconteceu com o samba no passado?
As pessoas cometem um pequeno equívoco, porque nunca houve uma lei de criminalização do samba. Houve uma lei de criminalização da “vadiagem”, o que é mais perverso, porque o guarda-chuva da vadiagem reunia tudo, incluindo o samba.
Da mesma forma, agora, eles não estão falando diretamente do funk, mas usando o guarda-chuva da “apologia ao crime”. No início do século 20, era apologia à vadiagem ou prática da vadiagem.
A gente tem o João da Baiana, que é uma das figuras seminais da história do samba do Rio de Janeiro e do Brasil, que é enquadrado na lei de vadiagem porque foi pego com um pandeiro.
Dá para tecer comparações, sobretudo num contexto mais amplo, que é o da desqualificação de manifestações culturais e artísticas que não são brancas. O Brasil está o tempo todo tensionado a respeito de uma discussão identitária sobre o que nós somos ou não somos.
Existe, ao longo da história, um projeto de parte significativa das elites brasileiras de recorte higienista, eurocêntrico e vinculado ao apagamento dos modos de vida das populações que não são brancas: os negros, os pretos e os indígenas.
Nesta sexta-feira (13), celebramos o dia de Santo Antônio, também marcante para a cultura brasileira. Como essa figura está inserida no imaginário da população?
Eu não tenho interesse em tentar saber por que a igreja canonizou o homem. Por que a igreja santificou Frei Antônio? Isso me interessa muito pouco. O que eu tenho tentado compreender é como o povo humaniza o santo.
O grande barato não é a santificação do homem, mas a humanização do santo. Santo Antônio, nesse sentido, é muito forte no imaginário brasileiro. É um santo português, que, como passou boa parte da vida em Pádua, na Itália, virou também Santo Antônio de Pádua.
O Brasil é um país muito marcado pela presença de portugueses e italianos. E o Santo Antônio joga nesses dois times. Além disso, o nosso cristianismo é muito pouco institucional. Há um cristianismo brasileiro que vai correndo e redefinindo as suas práticas e ritos às margens do poder institucional da igreja. Isso é muito interessante. Então, Santo Antônio está muito presente na tradição popular, seja como o Santo Casamenteiro, seja como um santo que, segundo a tradição popular, era a boca mais potente da história do cristianismo, porque tudo o que ele falava era compreendido.
Ele falava para ser entendido em todas as línguas, fazia sermão e os peixes do mar levantavam para escutar o que ele tinha a dizer.
Ao mesmo tempo, é um Santo Antônio de batalha, porque abençoou exércitos ao longo da história do Brasil, esteve presente no comando da tropa brasileira na Guerra do Paraguai, e, 600 anos depois de ter morrido, recebeu a patente de capitão.
O Rio de Janeiro foi invadido por piratas franceses no século 18 e o governador, antes de fugir, passou o comando da cidade para uma estátua de Santo Antônio.É uma história delirante.
Ele tem essa característica de ser um santo muito próximo, de esquina, cotidiano, de rua. Eu acho que, nesse sentido, o único que se compara é São Jorge.
Santo Antônio é um santo tão presente na intimidade brasileira que você tem o costume das provas do santo. Você faz um pedido para ele e, se ele não atende, bota ele de cabeça para baixo num balde com água e diz que só vai tirar se ele atender o pedido. Isso é muito comum em relação a casamento.
Tem uma questão cotidiana que envolve Santo Antônio e o povo brasileiro, à margem do poder institucional, que eu acho muito bonita.
Nós temos o Dia dos Namorados no dia 12 de junho porque é véspera do dia de Santo Antônio. O dia dos namorados é criado pela Associação Comercial de São Paulo, mas a escolha do 12 de junho foi porque, se o dia 13 de junho é o dia do Santo Casamenteiro, a véspera do casamento é o namoro.
Para ele, se acendem fogueiras com base quadrada, porque existe na tradição brasileira a arte de fazer fogueiras adequadas para cada santo. Nós temos quatro santos em junho que são celebrados com fogueira: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal. Para cada um, você acende uma fogueira de tipo diferente.
É quase uma descanonização cotidiana, porque você chama o santo para o teu lado e ele vira seu amigo íntimo. Isso é uma característica de certo cristianismo popular do Brasil.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS); Rádio Cantareira (SP); Rádio Keraz; Web Rádio Studio F; Rádio Seguros MA; Rádio Iguaçu FM; Rádio Unidade Digital ; Rádio Cidade Classic HIts; Playlisten; Rádio Cidade; Web Rádio Apocalipse; Rádio; Alternativa Sul FM; Alberto dos Anjos; Rádio Voz da Cidade; Rádio Nativa FM; Rádio News 77; Web Rádio Líder Baixio; Rádio Super Nova; Rádio Ribeirinha Libertadora; Uruguaiana FM; Serra Azul FM; Folha 390; Rádio Chapada FM; Rbn; Web Rádio Mombassom; Fogão 24 Horas; Web Rádio Brisa; Rádio Palermo; Rádio Web Estação Mirim; Rádio Líder; Nova Geração; Ana Terra FM; Rádio Metropolitana de Piracicaba; Rádio Alternativa FM; Rádio Web Torres Cidade; Objetiva Cast; DMnews Web Rádio; Criativa Web Rádio; Rádio Notícias; Topmix Digital MS; Rádio Oriental Sul; Mogiana Web; Rádio Atalaia FM Rio; Rádio Vila Mix; Web Rádio Palmeira; Web Rádio Travessia; Rádio Millennium; Rádio EsportesNet; Rádio Altura FM; Web Rádio Cidade; Rádio Viva a Vida; Rádio Regional Vale FM; Rádio Gerasom; Coruja Web; Vale do Tempo; Servo do Rei; Rádio Best Sound; Rádio Lagoa Azul; Rádio Show Livre; Web Rádio Sintonizando os Corações; Rádio Campos Belos; Rádio Mundial; Clic Rádio Porto Alegre; Web Rádio Rosana; Rádio Cidade Light; União FM; Rádio Araras FM; Rádios Educadora e Transamérica; Rádio Jerônimo; Web Rádio Imaculado Coração; Rede Líder Web; Rádio Club; Rede dos Trabalhadores; Angelu’Song; Web Rádio Nacional; Rádio SINTSEPANSA; Luz News; Montanha Rádio; Rede Vida Brasil; Rádio Broto FM; Rádio Campestre; Rádio Profética Gospel; Chip i7 FM; Rádio Breganejo; Rádio Web Live; Ldnews; Rádio Clube Campos Novos; Rádio Terra Viva; Rádio interativa; Cristofm.net; Rádio Master Net; Rádio Barreto Web; Radio RockChat; Rádio Happiness; Mex FM; Voadeira Rádio Web; Lully FM; Web Rádionin; Rádio Interação; Web Rádio Engeforest; Web Rádio Pentecoste; Web Rádio Liverock; Web Rádio Fatos; Rádio Augusto Barbosa Online; Super FM; Rádio Interação Arcoverde; Rádio; Independência Recife; Rádio Cidadania FM; Web Rádio 102; Web Rádio Fonte da Vida; Rádio Web Studio P; São José Web Rádio – Prados (MG); Webrádio Cultura de Santa Maria; Web Rádio Universo Livre; Rádio Villa; Rádio Farol FM; Viva FM; Rádio Interativa de Jequitinhonha; Estilo – WebRádio; Rede Nova Sat FM; Rádio Comunitária Impacto 87,9FM; Web Rádio DNA Brasil; Nova onda FM; Cabn; Leal FM; Rádio Itapetininga; Rádio Vidas; Primeflashits; Rádio Deus Vivo; Rádio Cuieiras FM; Rádio Comunitária Tupancy; Sete News; Moreno Rádio Web; Rádio Web Esperança; Vila Boa FM; Novataweb; Rural FM Web; Bela Vista Web; Rádio Senzala; Rádio Pagu; Rádio Santidade; M’ysa; Criativa FM de Capitólio; Rádio Nordeste da Bahia; Rádio Central; Rádio VHV; Cultura1 Web Rádio; Rádio da Rua; Web Music; Piedade FM; Rádio 94 FM Itararé; Rádio Luna Rio; Mar Azul FM; Rádio Web Piauí; Savic; Web Rádio Link; EG Link; Web Rádio Brasil Sertaneja; Web Rádio Sindviarios/CUT.
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