Quinta-feira é dia de estreia nos cinemas brasileiros. O longa A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, chega nas telonas com um grande elenco e uma história que pretende emocionar e inspirar, principalmente as mulheres que se identificam com a protagonista da trama, Gal, interpretada pela atriz Shirley Cruz.
Diretora do longa, Anna Muylaert é conhecida por outras produções de destaque no cinema nacional como Que Horas Ela Volta?, Durval Discos e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias.
A protagonista Gal é uma catadora de materiais recicláveis que sofre violência doméstica. Cansada dos abusos do marido, Leandro, interpretado por Seu Jorge, e de ser invisibilizada ao tentar denunciá-lo, decide pegar seus filhos e fugir de casa. Mas para tentar camuflar, para as crianças, a dura realidade de viver nas ruas da Grande São Paulo, Gal passa a tecer uma narrativa aventureira, pensando unicamente em protegê-los.
Nesta quinta, o Conversa Bem Viver recebe a atriz Shirley Cruz para falar sobre essa estreia e os fortes temas que atravessam a trama, como maternidade, racismo, violência doméstica, meio ambiente e a luta diária na vida das catadoras e catadores de materiais recicláveis, um trabalho indispensável, mas subvalorizado.
“Tem muita coisa para a gente pensar, mas eu acho que a sociedade tem que colocar a mãe no colo. A sociedade tem que tomar posse, ter responsabilidade sobre as coisas que faz e também sobre as coisas que não faz. O tempo está passando”, afirma.
A partir da saga de Gal enquanto mulher negra, mãe e catadora de materiais recicláveis, o filme busca aproximar o público de uma realidade que afeta milhares de mulheres em todo o Brasil. “Acho que esse filme vai para além do entretenimento. Porque a gente pode falar de muitas coisas, eu adoro falar de flores, de amores, mas até mesmo antes de falar de dignidade, de vulnerabilidade, eu preciso falar o quê? Precisam parar de nos matar.”
“E nisso eu tenho certeza que o cinema, pelo poder de alcance, pode atingir o maior número de pessoas nas salas, nos festivais. É a urgência que a gente precisa para dizer: ‘O que está acontecendo?’ Porque é um país que tem leis importantes, que tem aparelhos importantes de acolhimento, delegacias da mulher, tem tudo, mas é como se não tivesse nada”, explica Shirley.
Segundo a atriz, o filme é sobretudo sobre força e coragem. Shirley destaca essas características como essenciais para que Gal pudesse mudar o seu próprio destino diante de tantos problemas estruturais.
“Não se trata de uma mulher coitada, uma coitadinha. Esse filme é sobre força e não é daquele ponto de vista: “Uau, que mulher guerreira”, porque guerreira vem de guerra e ninguém mais aguenta isso. Mas é força. Uma mulher que persiste, que tudo dê certo para ela e principalmente para os filhos”.
Confira a entrevista completa
Conta como foi pra você o processo de adaptação para entrar nessa personagem tão forte.
É como se eu estivesse esperando uma vida inteira pela Gal, no sentido da potência do personagem, de narrativa, de roteiro, da história. Fazer uma mulher, uma mulher preta, mãe tem um diferencial.
Eu já fiz muitas mães no audiovisual, mas essa eu fiz recém-parida da Mali. Pari mulher. Então quando eu me deparei com esse roteiro eu falei: “Não vai ter para ninguém, não”, mas com a maior humildade e amor, porque eu fui convidada para fazer o teste, fiz com grandes atrizes mais conhecidas do grande público, menos conhecidas. E se eu puder dizer que eu tive uma pequena vantagem, foi que eu li o roteiro inteiro.
A essa altura eu já era amiga da Anna [Muylaert, diretora do filme], eu vinha do Clube das Mulheres de Negócio, filme anterior, então eu sei um pouco como a Anna pensa, sabe? Anna é uma mulher muito forte e por conviver com ela, já sabia também da onde saía a Gal, de que parte do corpo dela saía a Gal, porque Anna veio de uma situação de abuso, de uma relação tóxica.
Bom, fui para o teste e entendi também que lendo o roteiro, que eu não posso dar spoiler, não se tratava de uma mulher coitada, uma coitadinha. Esse filme é sobretudo sobre força e não é daquele ponto de vista: “Uau, que mulher guerreira”. Eu estou tirando essa palavra da minha vida, quero tirar da vida da Gal também, porque guerreira vem de guerra e ninguém mais aguenta isso. Mas é força.
Uma mulher que persiste, que tudo dê certo para ela e principalmente para os filhos. Então, eu fui para cima. E no processo, eu tive uma diretora com zero vaidade. Eu também sei o quanto respeito uma direção, o quanto respeito o roteiro e eu acho bárbaro, gosto muito quando o roteiro é escrito pelo diretor, porque tem ali uns mecanismos muito interessantes, mas não tenho medo. Porque o diretor sabe o que é melhor para o filme.
Acho que quando o diretor escolhe a gente, ele sabe que vai tirar de você 30%. E os outros 70%, ele tem que confiar. A parte que ele não sabe e que eu também não sei, quer dizer, eu tenho uma ideia, é isso que me interessa. Então foi assim com a Anna.
Conta sobre essa necessidade do filme retratar de maneira poética, às vezes dura e direta, algumas questões como a negação da violência doméstica por amigos e familiares da vítima.
Esse filme tem um grande diferencial. Eu falava para Anna: “Meu útero chega primeiro no set“. É feito de útero. É primordialmente essas duas mulheres que estão no front, sou eu e a Anna, somos mães, então isso é muito forte. Não é exatamente isso que garante o sucesso do filme, mas eu acho que esse filme, ele vai para além do entretenimento. Porque a gente pode falar de muitas coisas, eu adoro falar de flores, de amores, mas até mesmo antes de falar de dignidade, de vulnerabilidade, eu preciso falar o quê? Precisam parar de nos matar.
E nisso eu tenho certeza que o cinema, o audiovisual, a arte, mas o cinema pela potência, pelo poder de alcance, pelo poder de atingir o maior número de pessoas nas salas de cinema, nos festivais, é a urgência que a gente precisa para dizer: “O que que está acontecendo?” Porque é um país que tem leis importantes, que tem aparelhos importantes de acolhimento, delegacias da mulher, tem tudo, mas é como se não tivesse nada.
O Brasil faz muito feio no ranking do feminicídio. Então, sim. Eu como mulher, como profissional, sempre pensei, a Deus e meus orixás, eu sempre pensei: “Coloca meu corpo a serviço” de contribuir efetivamente para que alguma coisa aconteça, para que alguma coisa mude, porque para mim não é nem mais sobre refletir, é sobre ação. Porque fica parecendo que a gente não pode fazer, mas o que que eu vou fazer?
Olha para tua vizinha, olha para tua mãe, tua irmã está bem? Esse cara fala com ela de maneira estranha, será que ela não está precisando de ajuda? Para de julgar a outra mulher, ela não é uma safada, não pode ser, ninguém gosta de apanhar, apanhar do cara que você ama, que você sente tesão, você senta na cadeira de uma delegacia para denunciar com quem você quer dormir, com quem você quer tudo. Então não é normal.
Agora, desde que o mundo é mundo, é normalizada a submissão da mulher. O corpo não é nosso, é da sociedade. Então, até mesmo quando tem uma questão de estupro, “tava com que roupa?”, “Tava passando onde?”, “Não sabe que não pode passar ali de noite?”.
Então acho que, ouvindo muito a Anna falar, essa mãe, diferente das outras mães que a Anna sempre propõe na sua cinematografia, essa é a mãe política, é o ser político. Porque essa coisa de ficar olhando a mãe só como a sagrada, não, a mãe educa da maneira que pode.
De novo, porque o Brasil, a maioria das pessoas, eu não posso falar em percentuais, mas a maioria das pessoas não tem pai na certidão. Entendeu? Os caras fazem a maior confusão para pagar R$ 200 de pensão. Então depois que está no mundo, se o pai não vai cuidar, se ninguém vai ajudar, a mãe vai. Então até quando a mãe vai agir sozinha? A gente tem muita expectativa política para um olhar sensível.
Agora, no México, me parece que a presidenta do México fez uma lei em que a mãe, a partir dos 63 anos, vai ter aposentadoria. E é sobre isso, é um trabalho, não é romance. Tem romance no meio, mas é um trabalho, educar uma sociedade sozinha pode dar certo e pode não dar. E como muitas vezes não dá, qual é o resultado disso?
É a violência, é a falta de respeito com a mulher, é a corrupção. Como é que a mãe vai dar conta sozinha? Então, esse filme é uma convocação mesmo à ação.
Fala da sua contracenação com o Seu Jorge, um ídolo nacional, mas que é, digamos, o grande vilão do filme.
O Jorge é um grande artista. Eu já conheci o Jorge há muitos anos, a gente vem do mesmo projeto de teatro. Então, óbvio, nessa caminhada, acompanhando, ele foi se tornando essa potência de artista. É muito interesse trabalhar com ele. Quando esse dia vai chegar, é difícil você não ser um ator e não teve vontade de trabalhar com o Jorge, porque ele reúne ali todos os ingredientes que você fala: “Uau”.
E não é por acaso que ele tá nesse projeto, porque colocar o Jorge nessa situação, ele teve muita generosidade, porque poderia dizer que não, para não haver uma confusão nessa imagem e tal, mas justamente por essa imagem que ele tem, que era importante desconstruir e vir para esse lugar do vilão, do pior vilão que a gente pode ter no mundo real. Então ele veio com desejo, ele veio com força.
Eu tenho ouvido ele nas entrevistas, eu, ele e a Anna, dizer o quanto ele tem aprendido. Ele é muito inteligente, muito inteligente. A gente veio para mesa, porque também tinha uma preocupação dele, em como ele vai fazer isso. Ele diz muito, uma coisa que eu acho interessante, que eu não posso julgar o Leandro. Eu tenho que ir lá e tenho que fazer com amor. Eu tenho que ter amor por ele. Ele diz isso, eu acho muito interessante.
Eu também tenho que ter amor por ele. E uma personagem que eu acho que retrata muito o que acontece na vida real. Porque assim, você não vai denunciar o cara exatamente porque você tá com ódio, porque o amor vem na frente. Então, sob o ponto de vista do encantamento, é muito fácil, se você gostar do Seu Jorge, você apreciar a presença, você tem aquele homem lindo e que ajuda muito a impulsionar essa perturbação. Eu trouxe a Gal para uma coisa perturbada. Ela não é frágil, ela é forte, mas ela está perturbada.
Então, a presença do Jorge agregou muito para me puxar, para sair de mim tudo que eu precisava. Ele é uma cerejona do bolo, sabe? Não teve dificuldade nenhuma. E nos bastidores, muito carinho, muita troca, muita troca sobre profissão, sobre dinheiro.
A gente que é preto, que está aí no cenário artístico, a gente precisa falar de dinheiro porque não é só tempo de tela, espaço e protagonismo. É prosperidade, é dinheiro. E ele, próspero que é, falou muito comigo sobre isso. Então, o Jorge é uma alegria e a gente repete esse casal de uma outra forma no Geni e Zepelim, no próximo filme da Anna. Então, deu muito certo.
Queria te ouvir sobre esse trabalho de catadora de materiais recicláveis que a Gal exerce e também sobre o quanto o filme acaba aproximando o público dos movimentos populares, dos movimentos sociais.
É um dos grandes elementos do filme. Sem as catadoras, esse Brasil estava lascado. Nas minhas pesquisas, elas são responsáveis pelo recolhimento de aproximadamente 70% do lixo de São Paulo e o poder público de 30%, ou seja, se não houvesse as catadoras na cidade de São Paulo, a cidade estaria afundada em um mar de lixo. Então, falar de meio ambiente é outra questão urgente.
É outra questão urgente, porque o feminicídio é a morte da mulher, os maus tratos ao meio ambiente é a morte das pessoas, do coletivo, da sociedade na prática. É outra questão que a gente tem que envolver. Falam que são pessoas invisíveis. Na minha vivência, pior do que ser invisível é você olhar e ter nojo de um ser humano. Isso é o que vejo e acontece. Só que você está com nojo de uma mulher que está resolvendo um problema que você causou, porque quem produz essa quantidade de lixo somos nós. É uma contradição absurda que também tem que sair do âmbito da discussão e partir para a ação.
Esse filme me orgulha muito porque a política parece que está distante da gente. Temos que pensar no que vamos fazer. Olha o que que você tá fazendo e o que você não está fazendo.
O racismo também colabora muito porque as pessoas pretas estão na maior parte do tempo em profissões que a sociedade exclui, e que não gosta. Então, tem toda uma questão que não vai acabar da noite pro dia, mas tem umas urgências que se não acabar, a gente tá acabando junto.
Eu acho que estamos ruindo enquanto sociedade. Mas esse filme mostra que você pode fazer diferente, porque teoricamente a Gal já tinha um destino traçado. Ela foi lá e mudou esse destino. É a melhor mãe do mundo, porque ela mudou e nem foi por ela, foi pelos filhos.
Tem muita coisa para a gente pensar, mas eu acho que a sociedade tem que colocar a mãe no colo. A sociedade tem que tomar posse, ter responsabilidade sobre as coisas que faz e também sobre as coisas que não faz. O tempo está passando.
Fica aí uma expectativa muito grande da minha parte. Primeiro que eu estou muito honrada porque essa é uma contribuição efetiva e é para sempre. Eu vou embora, um dia não estaremos mais aqui, um dia Anna não estará mais aqui. Enquanto alguém estiver dando um play, estamos contribuindo, comunicando e isso é bonito demais. Isso é arte.

Em diferentes horários, de segunda a sexta-feira, o programa é transmitido na Rádio Super de Sorocaba (SP); Rádio Palermo (SP); Rádio Cantareira (SP); Rádio Interativa, de Senador Alexandre Costa (MA); Rádio Comunitária Malhada do Jatobá, de São João do Piauí (PI); Rádio Terra Livre (MST), de Abelardo Luz (SC); Rádio Timbira, de São Luís (MA); Rádio Terra Livre de Hulha Negra (RN), Rádio Camponesa, em Itapeva (SP), Rádio Onda FM, de Novo Cruzeiro (MG), Rádio Pife, de Brasília (DF), Rádio Cidade, de João Pessoa (PB), Rádio Palermo (SP), Rádio Torres Cidade (RS); Rádio Cantareira (SP); Rádio Keraz; Web Rádio Studio F; Rádio Seguros MA; Rádio Iguaçu FM; Rádio Unidade Digital ; Rádio Cidade Classic HIts; Playlisten; Rádio Cidade; Web Rádio Apocalipse; Rádio; Alternativa Sul FM; Alberto dos Anjos; Rádio Voz da Cidade; Rádio Nativa FM; Rádio News 77; Web Rádio Líder Baixio; Rádio Super Nova; Rádio Ribeirinha Libertadora; Uruguaiana FM; Serra Azul FM; Folha 390; Rádio Chapada FM; Rbn; Web Rádio Mombassom; Fogão 24 Horas; Web Rádio Brisa; Rádio Palermo; Rádio Web Estação Mirim; Rádio Líder; Nova Geração; Ana Terra FM; Rádio Metropolitana de Piracicaba; Rádio Alternativa FM; Rádio Web Torres Cidade; Objetiva Cast; DMnews Web Rádio; Criativa Web Rádio; Rádio Notícias; Topmix Digital MS; Rádio Oriental Sul; Mogiana Web; Rádio Atalaia FM Rio; Rádio Vila Mix; Web Rádio Palmeira; Web Rádio Travessia; Rádio Millennium; Rádio EsportesNet; Rádio Altura FM; Web Rádio Cidade; Rádio Viva a Vida; Rádio Regional Vale FM; Rádio Gerasom; Coruja Web; Vale do Tempo; Servo do Rei; Rádio Best Sound; Rádio Lagoa Azul; Rádio Show Livre; Web Rádio Sintonizando os Corações; Rádio Campos Belos; Rádio Mundial; Clic Rádio Porto Alegre; Web Rádio Rosana; Rádio Cidade Light; União FM; Rádio Araras FM; Rádios Educadora e Transamérica; Rádio Jerônimo; Web Rádio Imaculado Coração; Rede Líder Web; Rádio Club; Rede dos Trabalhadores; Angelu’Song; Web Rádio Nacional; Rádio SINTSEPANSA; Luz News; Montanha Rádio; Rede Vida Brasil; Rádio Broto FM; Rádio Campestre; Rádio Profética Gospel; Chip i7 FM; Rádio Breganejo; Rádio Web Live; Ldnews; Rádio Clube Campos Novos; Rádio Terra Viva; Rádio interativa; Cristofm.net; Rádio Master Net; Rádio Barreto Web; Radio RockChat; Rádio Happiness; Mex FM; Voadeira Rádio Web; Lully FM; Web Rádionin; Rádio Interação; Web Rádio Engeforest; Web Rádio Pentecoste; Web Rádio Liverock; Web Rádio Fatos; Rádio Augusto Barbosa Online; Super FM; Rádio Interação Arcoverde; Rádio; Independência Recife; Rádio Cidadania FM; Web Rádio 102; Web Rádio Fonte da Vida; Rádio Web Studio P; São José Web Rádio – Prados (MG); Webrádio Cultura de Santa Maria; Web Rádio Universo Livre; Rádio Villa; Rádio Farol FM; Viva FM; Rádio Interativa de Jequitinhonha; Estilo – WebRádio; Rede Nova Sat FM; Rádio Comunitária Impacto 87,9FM; Web Rádio DNA Brasil; Nova onda FM; Cabn; Leal FM; Rádio Itapetininga; Rádio Vidas; Primeflashits; Rádio Deus Vivo; Rádio Cuieiras FM; Rádio Comunitária Tupancy; Sete News; Moreno Rádio Web; Rádio Web Esperança; Vila Boa FM; Novataweb; Rural FM Web; Bela Vista Web; Rádio Senzala; Rádio Pagu; Rádio Santidade; M’ysa; Criativa FM de Capitólio; Rádio Nordeste da Bahia; Rádio Central; Rádio VHV; Cultura1 Web Rádio; Rádio da Rua; Web Music; Piedade FM; Rádio 94 FM Itararé; Rádio Luna Rio; Mar Azul FM; Rádio Web Piauí; Savic; Web Rádio Link; EG Link; Web Rádio Brasil Sertaneja; Web Rádio Sindviarios/CUT.
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