O que os ataques à Marina Silva, no Senado, têm a ver com política ambiental brasileira, que agora aprovou o ‘PL da devastação’? E quais serão os próximos passos agora que a adesão ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) em Minas Gerais foi aprovada?
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Esses assuntos marcaram o Enfim, sexta! desta semana, seu encontro com a análise crítica, progressista e popular sobre o que acontece em Minas Gerais, no Brasil e no mundo.
Para abordar esse e outros temas, conversamos com Weslley Cantelmo, doutor em economia pelo Cedeplar/UFMG, e Valéria Morato, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil em Minas Gerais (CTB MG).
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Como foi a conversa?
Os convidados debateram os impactos do Projeto de Lei 2159/2021, que ameaça desregulamentar instrumentos fundamentais para a preservação socioambiental e o equilíbrio entre desenvolvimento e proteção do meio ambiente.
Também abordaram sobre como setores ligados ao agronegócio e ao governo anterior tentam abrir as porteiras para a devastação, atacando não só as políticas públicas, mas também figuras históricas da luta ambiental, como Marina Silva, alvo de uma violência política que revela traços machistas e autoritários.
O episódio também traz um panorama das mobilizações populares contra esse retrocesso, incluindo a manifestação marcada para este domingo (1), a partir das 9h, em Belo Horizonte, com concentração na Praça da Liberdade e caminhada até a Praça Sete, em defesa dos biomas e dos direitos coletivos.
Além disso, a discussão passou pela tentativa de federalização e possível privatização da Codemig — responsável pela maior mina de nióbio do mundo, em Araxá, e o risco de entrega do patrimônio mineiro através do Propag.
A conversa analisou também a inclusão da Universidade do Estado de Minas Gerais entre a proposta de Romeu Zema (Novo) para inclusão no programa e como isso pode impactar os trabalhadores.
Há ainda um aprofundamento no recente dado do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que divulgou um balanço sobre a geração de quase 260 mil novos empregos com carteira assinada no Brasil, somente em abril.