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Início Direitos Direitos Humanos

Saúde Mental

Jovem autista encontra na produção de documentários forma de expressar sentimentos

Aos 25 anos, Letícia Soares retrata outros autistas e desmistifica senso comum sobre o diagnóstico

02.abr.2019 às 06h01
Updated On 01.fev.2020 às 18h48
Lu Sudré
"Quero mostrar ao mundo tudo o que somos", afirma Letícia Soares, criadora do projeto "Aspie Aventuras"

"Quero mostrar ao mundo tudo o que somos", afirma Letícia Soares, criadora do projeto "Aspie Aventuras" - Foto: Arquivo Pessoal/Letícia Soares

Com uma câmera na mão, Letícia Soares consegue superar as dificuldades de comunicação enfrentadas cotidianamente pelas pessoas diagnosticadas com Transtorno de Espectro Autista (TEA). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças desenvolvem a condição, que é lembrada nesta terça-feira (2) como Dia Mundial de Conscientização do Autismo. 

Desde pequena, Letícia sentia-se diferente e não entendia porquê não conseguia conversar como as outras crianças. A resposta que buscava só veio aos 22 anos, quando recebeu o diagnóstico de síndrome de Asperger, um estado do espectro autista com maior adaptação funcional. O distúrbio de desenvolvimento afeta a capacidade do indivíduo de socialização e comunicação de uma forma mais efetiva. A partir de então, Letícia iniciou um tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Sempre interessada por cinema, a jovem começou a estudar sozinha e percebeu que poderia utilizar da arte de que tanto gosta como ajuda para lidar com a sua realidade. Depois de iniciar a terapia, teve apoio da psicóloga para produzir seu primeiro mini-documentário. “Saber que eu sou autista faz com que eu entenda mais de mim. Fui produzindo cada vez mais e me abrindo mais”, conta Letícia, criadora do canal “Aspie Aventura”, nome dado em referência à síndrome de Asperger. 

Até o momento, a jovem já publicou 50 vídeos sobre diversos temas, incluindo animações e curtas-metragens.

Imagens interiores

“Muito de nós, autistas, temos dificuldade de expressar o que sentimos. Nos vídeos é onde consigo transmitir esses sentimentos guardados em mim. A imagem de um pipa pendurado no fio pode ter muitos significados e um deles é o meu”, explica. “Quero mostrar ao mundo tudo o que somos. Todos podem se desenvolver, não importa o grau de autismo. Estamos todos mostrando algo de sua própria maneira. Somos milhões de diferenças”.

Uma dos principais propósitos do projeto “Aspie Aventura” é registrar experiências únicas vividas por autistas que Letícia retrata em suas filmagens. As aventuras podem ser desde a ida para uma refeição numa rede de fast food até o passeio para uma praia. A jovem decidiu contatar outros autistas para incentivar suas habilidades comunicativas.

“Queria fazer uma grande aventura que envolvesse pessoas, porque conhecer pessoas é como conhecer o mundo. Tive a ideia de visitar autistas por toda a parte. Tudo o que fazem gosto de registrar em vídeo, pois é a forma que eu uso para me expressar. Fazer vídeos me ajuda a fazer parte do mundo. Eu nunca quero parar. Meu desejo é conhecer gente do mundo todo. Ao mesmo tempo que eu vou conhecer o mundo, o mundo também me conhece. E quando o mundo me conhece, também conhece os autistas que eu visito”.

Visibilidade aos sentimentos

Moradora de São Bernardo do Campo, Letícia já visitou diversos locais em São Paulo e no Rio de Janeiro para encontrar seus personagens. Além de se deslocar para produzir, viaja para outros estados como palestrante para compartilhar suas vivências e superações. 

O documentário “Aspie Aventura 1” foi ganhador do VIII Prêmio Arthur Bispo do Rosário, organizado pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP) de São Paulo, com o objetivo de demonstrar que as pessoas em sofrimento psíquico podem se expressar pela arte. A honraria foi criada em homenagem ao artista Arthur Bispo do Rosário, diagnosticado com esquisofrenia paranoide, que viveu internado por cinco décadas na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. 

A produção também foi premiada na Mostra Internacional de Vídeo de Santo André – Mercocidades. “Desde que comecei a filmar outros autistas, tenho conhecido pessoas bem legais e que se sentem felizes de poder fazer uma aventura. Eles estando felizes, me deixa feliz também”. 

Mesmo com os tantos vídeos gravados e atividades realizadas, Letícia comenta que as coisas nem sempre são fáceis. Em algumas ocasiões, ela encontra dificuldade para iniciar as filmagens por alguns minutos. Em outros momentos, precisa contar com a ajuda de outra pessoa para conseguir se comunicar com os outros autistas. 

“Quando a coisa começa a andar, fico na maior felicidade”, diz a jovem, acrescentando que edita seus vídeos levando em conta o que sente durante as gravações, com o objetivo de transmitir seus sentimentos ao público. “Através das minhas filmagens, consigo trazer o mundo para mim. É como se o vídeo fosse um pedaço do mundo e eu jogasse nele os meus sentimentos, para que todos possam enxergar esse mundo do modo que enxerguei”, finaliza Letícia. 
 

Editado por: Cecília Figueiredo

Artigo original publicado em Saúde Popular.

Tags: oms
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