Paraná

Em Curitiba, 1º de maio terá dois atos em defesa de direitos e contra o golpe

Manifestações são organizadas pela Frente Brasil Popular, movimentos populares e setores da igreja católica

Redação (PR) |
“Nossa mobilização tem como centralidade a defesa dos direitos da classe trabalhadora do campo e da cidade. Os trabalhadores precisam tomar as ruas e mostrar a sua força contra o avanço conservador”, afirma a presidente da CUT-PR, Regina Cruz
“Nossa mobilização tem como centralidade a defesa dos direitos da classe trabalhadora do campo e da cidade. Os trabalhadores precisam tomar as ruas e mostrar a sua força contra o avanço conservador”, afirma a presidente da CUT-PR, Regina Cruz - Leandro Taques

O pacote de ataques aos direitos trabalhistas e à democracia faz do próximo domingo, Dia do Trabalhador, data de mobilizações por todo o Brasil. Em Curitiba, o 1º de maio será marcado por dois atos. A partir das 9h, a Arquidiocese de Curitiba e a Pastoral Operária organizam uma mobilização no bairro Alto Boqueirão, na comunidade Bom Pastor, com o tema “Qual o valor do seu trabalho?”. O café da manhã coletivo vai abrir a atividade, seguida de celebração religiosa e rodas de conversa sobre o momento atual.

No período da tarde, a mobilização do bairro se soma ao ato na Praça Rui Barbosa, centro da cidade. A ação é mobilizada pelo Fórum de Lutas 29 de Abril- que integra nacionalmente a Frente Brasil Popular -, que reúne sindicatos, movimentos populares e organizações diversas de Curitiba. Previsto para iniciar às 14h, o ato vai intercalar apresentações artísticas, falas e atrações voltadas para as crianças, como cama elástica e camarim de pintura no rosto. Está confirmado show do grupo paulista de rap Crônica Mendes.

Contra o retrocesso

O integrante da Pastoral Operária, Jardel Lopes, avalia o cenário brasileiro como caótico para os trabalhadores e trabalhadoras. A flexibilização dos direitos trabalhistas, o risco de retirada do 13º salário, de congelamento do salário mínimo e de terceirização “reduzem direitos e matam trabalhadores”, garante Lopes.

Para o integrante da PO, atuar junto aos trabalhadores na defesa de direitos e da democracia é reflexo da doutrina da Igreja, que provoca a ação na realidade social. “A motivação do Papa Francisco para ‘uma igreja em saída’ (EG, 20), nos provoca, nesse momento, a defender a democracia e os direitos dos povos”, aponta.

A presidente da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT), Regina Cruz, afirma que o 1º de maio deste ano é emblemático, diante da ameaça de golpe institucional e dos mais de 50 projetos de lei em tramitação, voltados aos interesses da categoria patronal e ao retrocesso de conquistas históricas. “Nossa mobilização tem como centralidade a defesa dos direitos da classe trabalhadora do campo e da cidade. Os trabalhadores precisam tomar as ruas e mostrar a sua força contra o avanço conservador”.

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