Lutas populares

Mobilizações e paralisações contra o golpe marcam a sexta-feira em Curitiba

Segundo a CUT/PR, cinco categorias de trabalhadores prometem cruzar os braços.

Da redação |
A manifestação principal começa às 14h, na Praça Santos Andrade
A manifestação principal começa às 14h, na Praça Santos Andrade - Arquivo CWB Contra Temer

Esta sexta-feira (10) promete ser de manifestações contra o governo interino de Michel Temer (PMDB) nas capitais e em várias cidades brasileiras.

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Em Curitiba, as ações serão concentradas na Praça Santos Andrade, entre 14h e 22h. A mobilização é fruto da unificação entre as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ao lado dos movimentos Cultura Resiste e CWB Contra Temer – este último tem convocado manifestações exitosas via redes sociais.

Um palco montado na praça será espaço para shows e intervenções artísticas ao longo de todo o dia.  

Paralisações e luta nacional
Na mesma data, pela manhã e início da tarde, a convocação é para a paralisação de diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras. De acordo com a presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT/PR), Regina Cruz, está confirmada a paralisação de cinco categorias ligadas a sindicatos cutistas. 

Há previsão de parada de atos dos servidores públicos municipais em defesa da Saúde Pública e da Previdência. Bancários e vigilantes da região central da cidade devem parar de forma conjunta.

Na educação estadual, o Sindicato de Professores (APP-Sindicato) convoca mobilização nas escolas públicas, com debates sobre a situação difícil do ensino público no Paraná. Dentro da pauta nacional, a APP indica à comunidade escolar a criação de Comitês Escolares Contra o Golpe e Favor da Democracia e da Educação Pública.

Defesa do Pré-Sal 
Os trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen/PR), ambas da Petrobras, em Araucária, devem paralisar por 24h, a partir das 23h desta quinta (9). 

Sergio Monteiro, integrante da diretoria do Sindicado dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicos do Paraná (Sindiquímica), afirma que, além de cobrar a saído do governo Temer, a paralisação é em repúdio à nova diretoria da estatal.

“Não reconhecemos a gestão do Pedro Parente e de todo que ele colocou lá. Muito menos do ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), que atua em nome dos interesses imperialistas”, diz, referindo-se à postura do ministro interino com relação à Lei da Partilha do pré-sal. Serra quer abrir a entrada de empresas estrangeiras para a exploração do petróleo brasileiro. 

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