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Diego do Flamengo e a era dos extremos

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Diego deu uma coletiva segura e confiante, vejamos no campo
Diego deu uma coletiva segura e confiante, vejamos no campo - Divulgação
A entrevista de Diego em sua apresentação mostrou um homem adulto e consciente

Sem dúvida alguma, a contratação de Diego é o grande acontecimento do futebol brasileiro neste ano.

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Seja pelo ponto de vista dos rubro-negros, que lotaram o Santos Dumont para recepcionar o novo camisa 35 do time, seja pela ótica dos torcedores rivais, que falam da má fase do meia na Turquia.

O título do livro de Eric Hobsbawn, Era dos extremos, cabe bem ao momento. O que torna grande o peso da contratação de Diego é, além da dúvida, a capacidade que ela teve de polarizar as rivalidades em alto grau.

Diego é um grande jogador, um craque como tantos outros brasileiros espalhados pelo mundo. Sua recepção no aeroporto diz muito sobre a responsabilidade que ele traz nas costas. Se vai corresponder à expectativa dos rubro-negros, é outro papo.

Sua chegada ocorre em um momento em que o país, por conta da desvalorização do real, a crise econômica e a bagunça que é o futebol brasileiro, assiste principalmente ao êxodo de jogadores. O Flamengo aponta na direção contrária ao fazer tamanho investimento em Diego.

A entrevista dele em sua apresentação mostrou um homem adulto, consciente de sua responsabilidade, mas também de suas limitações. Não é possível prever se seu futuro no clube será do tamanho de sua recepção. Ao menos ele não fez promessas, declarou intenções.

Os 12 anos que ele esteve na Europa lhe ensinaram bastante coisa. Principalmente a não dizer o que não deve. Tanto aos rubro-negros, quanto aos rivais.

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