Greve

Marchas reúnem mais de 15 mil professores na Colômbia nesta quarta (14)

Paralisação dos docentes já dura 34 dias; movimento reivindica financiamento para estrutura da educação

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Paralisações aconteceram na capital e em diversas rodovias importantes do país
Paralisações aconteceram na capital e em diversas rodovias importantes do país - Rafael Pazos/Andrés Cubides

Mais de 15 mil professores colombianos do ensino público marcharam pela capital Bogotá nesta quarta-feira (14), depois de 33 dias em greve de forma continuada. Também foram realizadas diversas manifestações em importantes rodovias do país.

Cerca de oito milhões de estudantes de escolas públicas e aproximadamente 350 mil educadores estão paralisados há mais de um mês.

Na noite anterior (13), os educadores protagonizaram uma Marcha das Tochas, que reuniu nas ruas milhares de filiados ao sindicato, tanto em Bogotá como em outras capitais departamentais do país.

Ao se referir à resistência do Executivo para assumir as exigências dos professores, o líder da Federação Colombiana dos Educadores (Fecode), Mauricio Rivas, disse que o presidente, Juan Manuel Santos, poderia destinar o dinheiro que utilizava na guerra contra as FARC-EP ao sistema educativo nacional.

A Fecode também voltou a rechaçar a oferta da ministra de Educação, Yaneth Giha, que propôs um aumento no salário retroativo de 1º de janeiro de 8,75%.

O sindicato magisterial ponderou que a proposta não só quer conseguir reivindicações salariais, mas também o financiamento necessário para melhorar a infraestrutura integral da educação do país.

Durante as manifestações dos professores, o presidente colombiano enviou várias mensagens à Fecode a partir do Twitter, descrevendo tudo o que foi realizado por seu governo durante os últimos sete anos em favor da educação. E convidou o sindicato dos professores a especificar "acordos construtivos e responsáveis com o país e com os estudantes que almejam regressar às aulas".

* Com informações da Prensa Latina

Edição: Camila Rodrigues da Silva