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Livre Comércio

Artigo | O México diante do NAFTA

O economista e professor da UNAM faz uma avaliação dos impactos do NAFTA e a renegociação pautada atualmente no país

12.ago.2017 às 17h25
Fidel Aroche Reyes
|ALAI
Milhares de camponeses marcharam nesta terça-feira na Cidade do México para exigir que o país se retire do NAFTA, renegociado atualmente

Milhares de camponeses marcharam nesta terça-feira na Cidade do México para exigir que o país se retire do NAFTA, renegociado atualmente

Desde o século XIX, de diferentes formas e em diferentes ocasiões, a elite mexicana, através de todos os meios possíveis, sempre fez questão de manter boas relações com o governo dos EUA, com a distância provável durante o governo de Porfirio Díaz. Recordemos: Benito Juárez se refugiou e se apoiou nos EUA em meio aos infortúnios da sua presidência, as reformas liberais e o caos nacional daquele momento, com as invasões francesas e apesar da recente (naquele momento) Guerra Mexicano-Americana. A partir de 1910, foi fundamental para os sucessivos governos revolucionários alcançar o reconhecimento do país e as relações não se normalizaram até 1940.

A diplomacia mexicana teve um complexo panorama no século XX, na tentativa de ser independente, mas sem enfrentar a potência estadunidense.

Mais recentemente, México preferiu a aliança com os Estados Unidos a todo custo, antes que com outros possíveis aliados; por exemplo, durante a gestão da chamada "crise da dívida" nos anos 1980, o país rompeu o acordo com o Clube de Paris, quando o governo anunciou a negociação com os bancos credores e com as instituições internacionais apoiadas em outras negociações, secretas, justamente com os Estados Unidos. Atualmente, o governo mexicano apregoa os benefícios da manutenção dos acordos comerciais com os Estados Unidos e quer convencer o Cone Sul a seguir seus passos. A proposta do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP) também foi adotada como algo inevitável, sem discussão prévia. Os exemplos continuam e há os mais recentes; e não é fácil entender os motivos destes posicionamentos.

No começo de 2017, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do país do Acordo Transpacífico e manifestou sua intenção de renegociar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA); o governo mexicano lamentou, mas se comporta como funcionário dos organismos financeiros ou das potências estrangeiras. O Ministro das Relações Internacionais do México, que entende apenas um pouco de economia ortodoxa no estilo estadunidense (existem outros), não reagiu, nem tampouco soube o que fazer diante os insultos proferidos contra seu país. Ou seja, não foi capaz de realizar seu trabalho, mas esse não é um motivo suficiente para que abandone seu cargo.

Entretanto, ele ameaça ser implacável na tentativa de defender o Livre Comércio, ainda que ele se dê, em sua maior parte, nas fábricas das empresas transnacionais instaladas no México se comparadas às que estão localizadas no resto da América do Norte. Recordemos, outra vez, a velha origem do NAFTA: um acordo para facilitar as operações do setor automotivo entre os Estados Unidos e o Canadá. Não é difícil perceber que o caráter do NAFTA ainda é esse e que a escassez de empresas inovadoras mexicanas e proprietárias de marcas valiosas é a base para que o país aproveite a internacionalização como um meio efetivo de desenvolvimento.

Ou seja, o governo não se pergunta se (ou por quê) convém para o México manter um acordo comercial que implica a integração econômica com os EUA e, a partir daí, a subordinação política. Às vezes, parece que este é mais um dos interesses da elite mexicana. O principal argumento para a assinatura, aceitação e aderência do NAFTA se referia à prosperidade geral que chegaria com o acordo. Entretanto, após 33 anos em vigor, nenhuma das suas promessas foi cumprida, como garantem os estudos existentes sobre o tema. O crescimento do México nas últimas décadas está entre os menores do continente, de modo que as disparidades de rendas e bem-estar entre o México e os seus aliados, o Canadá e os EUA, não se encerraram, tampouco estes países cresceram aceleradamente.

México continua na trilha do estancamento econômico, em que a criação de empregos é muito lenta e, por isso, o bem-estar da população não está garantido. O NAFTA não é a única força que explica este comportamento: está amplamente demonstrado que as políticas fiscais contracionistas do Banco do México e a ausência de políticas de desenvolvimento cumprem sua parte, mas o Tratado serve como âncora para continuar com uma estratégia de crescimento que não rendeu os frutos prometidos.

Além disso, a população continua aumentando, junto com a pobreza, a emigração, a violência, a desigualdade regional, a concentração da renda, a falta de institucionalidade, a corrupção e outros males que acometem o país.

Em síntese, o subdesenvolvimento não retrocedeu e, no entanto, a economia incrementou sua dependência com os Estados Unidos. O que pode demonstrar a conexão entre a falta de crescimento econômico e várias das suas consequências não necessariamente econômicas, como os problemas enumerados neste parágrafo. Isto é, a subordinação política e a dependência econômica são obstáculos para resolver os problemas internos do país, como se evidenciava antes da revolução liberal dos anos 80.

Contudo, atualmente o México carece de um sentido do que implica o "interesse nacional" e é pouco provável que a elite proponha uma mudança de rumo para enfrentar a realidade. A renegociação do NAFTA que oferece o governo dos EUA é uma oportunidade para que o México repense sua relação econômica e política com o exterior, mas a elite parece desconhecer quais são os problemas nacionais.

Editado por: Vivian Neves Fernandes | Tradução: Luiza Mançano
Conteúdo originalmente publicado em ALAI
Tags: canadáestados unidoseuaméxico
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