Lula pelo NE

Minha Casa, Minha Vida: "Eu realizei o sonho de ter a casa própria”, diz beneficiário

Programa foi tema de discurso de Lula; presentes na caravana do ex-presidente pelo NE, cidadãos contam suas histórias

Brasil de Fato | Altos (PI) |
Centenas de pessoas participaram de ato da caravana de Lula pelo Nordeste, na cidade de Altos (PI).
Centenas de pessoas participaram de ato da caravana de Lula pelo Nordeste, na cidade de Altos (PI). - Guilherme Imbassahy / Jornalistas Livres

Valdemir Borges é pensionista do INSS, tem uma deficiência física e necessita de muletas para se movimentar. Hoje ele mora no conjunto habitacional Redenção São Luiz, do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), na cidade de Altos (PI), com a filha Francisca, de 11 anos.

“Antes eu morava com minha família, mas era muito difícil. Eles não me tratavam bem e eu achava que nunca ia ter uma casa, até criarem esse programa. Eu realizei o sonho de ter uma casa própria”, comemora.

A casa de Borges é adaptada para pessoas com dificuldade de locomoção, o que facilita para ele que more sozinho com a filha. Em Altos, ao total, existem 3 mil unidades já construídas do projeto. Agora, o próximo sonho de Borges é poder comprar um meio de transporte adaptado.

Na passagem da Caravana Lula pelo Brasil na cidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou a criação do MCMV em 2009, em seu segundo mandato, e a intensificação do programa no governo de Dilma Rousseff.

"Quando criamos o programa, tínhamos como objetivos construir casas para quem ganhava até um salário mínimo, recriar a indústria da construção civil e gerar empregos. Conseguimos isso!”, disse o ex-presidente.

Lula também lembrou que, até hoje, o programa já entregou cerca de 3 milhões de casas no Brasil inteiro. Além disso, falou sobre os riscos que o programa corre com o corte de subsídios para a Faixa 1. Esta modalidade atende famílias que têm renda mensal de até R$ 1800 reais, cujo valor do imóvel pode ser parcelado em até 120 meses e as parcelas variam de R$ 80 a R$ 270 reais.

O programa foi criado em uma realidade em que o déficit habitacional era de 7,9 milhões de pessoas, cerca de 20% da população brasileira, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, conta com subsídios e taxas de juros abaixo do valor de mercado.

Cleuma Gonçalves, mora em Picos (PI). Ela, a mãe e a irmã também foram contempladas no programa. Ela fez o cadastro em 2016 e ainda aguarda retorno. “Estou apreensiva porque todos os dias estamos vendo cortes em vários programas sociais e aqui, em Picos, o Minha Casa, Minha Vida está paralisado”, conta.

Gonçalves pagou por um lugar para morar durante toda a vida. "A gente passa muita necessidade para pagar aluguel”, disse. Presente nas atividades da Caravana Lula pelo Brasil na passagem por Picos, ela conta que tem esperança de o Minha Casa, Minha Vida ser retomado com o fim do governo golpista de Michel Temer (PMDB) e a possível volta de Lula à presidência.

Edição: Simone Freire