Mobilização

No Paraná, semana será de mobilizações em defesa das empresas públicas

Nesta terça-feira (17), pela manhã, famílias sem-terra, quilombolas e indígenas farão marcha no Centro de Curitiba

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Jornada de Lutas acontece nesta semana em defesa das empresas públicas e da soberania nacional
Jornada de Lutas acontece nesta semana em defesa das empresas públicas e da soberania nacional - André Chaves

O Paraná está entre os estados com mobilizações marcadas para esta semana, durante uma Jornada de Lutas em defesa das empresas públicas, organizada em âmbito nacional pela Frente Brasil Popular. Dentre as pautas principais, reivindicam a saída do presidente golpista Michel Temer (PMDB), a soberania nacional e das empresas estatais, a reforma agrária e o fim da reforma da previdência.

Em Curitiba, a jornada tem início nesta segunda-feira (16) e segue até sexta, dia 20. A intenção é reunir a população rural e urbana, entidades e organizações de esquerda em um campo unitário de oposição ao governo, capaz de enfrentar coletivamente o cenário de retrocessos.

Questão agrária

Nessa luta, a reforma agrária e a defesa da agricultura familiar estão entre as prioridades. O setor é um dos que mais foram afetados pelos cortes de gastos e políticas públicas. Nesta segunda-feira, 16, data em que se celebra o Dia Mundial da Alimentação Saudável e pela Soberania Alimentar, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fortalece mobilizações em todo o país para denunciar o avanço do agronegócio e da bancada ruralista no governo golpista de Michel Temer.

O MST assinala que, em 2015, foram destinados R$ 800 milhões para desapropriações. A previsão para 2018 é de R$ 34,2 milhões, o que representa um corte de 86,7%. Segundo o coordenador estadual do MST no Paraná, Roberto Baggio, o propósito da Jornada de Lutas é construir uma grande unidade dos trabalhadores rurais – os sem-terra, quilombolas, indígenas, agricultores familiares – em luta contra um governo que está vendendo nosso petróleo, nossas riquezas, as terras e o país. “O presidente golpista não pode vender o que não é dele. Essa quadrilha que se instalou em Brasília está de costas para o povo brasileiro. Nesse momento, a única forma de a população ser ouvida é através da luta e da mobilização”, afirmou Baggio.

Programação

As atividades têm início nesta segunda-feira no interior do estado, com uma agenda de lutas em diversas cidades paranaenses. Na terça-feira (17), a mobilização começa cedo: Às 8h, famílias camponesas, quilombolas, indígenas e sem terra marcham em Curitiba pela manutenção das políticas voltadas à reforma agrária. Às 18h30, uma audiência em defesa dos bancos públicos acontece na Assembleia Legislativa do Paraná.

Na quarta-feira (18), o destaque é um grande ato coletivo, com concentração na Praça Santos Andrade, a partir das 9h.

A programação segue até sexta-feira. Confira a agenda completa da Jornada de Lutas:

Dia 16/10, segunda-feira

- Atividades do interior do Paraná.

Dia 17/10, terça-feira

- 8h: Marcha da Agricultura Familiar e Camponesa, em Curitiba, com concentração na Praça 29 de Março, no bairro Mercês, e caminhada até o Centro da capital.

- 18h30: Audiência em Defesa dos Bancos Públicos, no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná.

Dia 18/10, quarta-feira

- 9h: Ato pelo “Fora Temer”, em defesa da Soberania Nacional e das empresas estatais, da reforma agrária e contra a reforma da previdência, com concentração na Praça Santos Andrade, Centro de Curitiba.

Dia 19/10, quinta-feira

- 12h: Abraço no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Correios, no Centro de Curitiba.

- 19h - Lançamento do Plebiscito Revogatório das Medidas do golpe, no espaço Renascer, na Av. Iguaçu, 830, no bairro Rebouças, em Curitiba (ao lado da APP Sindicato).

Dia 20/10, sexta-feira

- 8h30: Lançamento da etapa paranaense da Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE), na Av. Iguaçu, 830, no bairro Rebouças, na sede da APP Sindicato, em Curitiba.

- 9h: Audiência Pública em Defesa da Democracia, Políticas Públicas e Direitos Humanos, na  Assembleia Legislativa do Paraná, em Curitiba.

Edição: Ednubia Ghisi