Mobilização

Distrito Federal tem tribuna popular contra retirada de direitos

Militantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios denunciando medidas de Temer, nesta sexta (10)

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Presentes criticaram também privatizações e ataques ao funcionalismo público
Presentes criticaram também privatizações e ataques ao funcionalismo público - BdF

Uma tribuna popular foi montada na Esplanada dos Ministérios na manhã da última sexta-feira (10). Promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), e outras organizações, o espaço deu direito à voz a todos presentes que desejassem denunciar as medidas do governo golpista de Michel Temer (PMDB). 

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Montada ao lado de um dos prédios do Ministério do Planejamento, a tribuna fez parte do Dia Nacional de Mobilização contra a Reforma Trabalhista. Além da medida já aprovada, outras foram criticadas, como a possibilidade de desmonte da Previdência. 

Victor Frota da Silva, integrante da Diretoria do Sindicato dos Urbanitários do DF, lembrou a tentativa do governo federal em promover a entrega à iniciativa privada do sistema Eletrobrás. 

“Nós estamos nos somando ao ato, colocando à população a importância de lutar. O governo Temer fez a reforma trabalhista, mais uma que retira direitos conquistados através de décadas de luta. Nós eletricitários estamos resistindo contra a entrega do patrimônio público, não só do sistema Eletrobrás, mas também as 57 estatais que o governo quer vender”, apontou. 

Mesmo aposentado, Jorge Abrahão de Castro se somou à atividade, criticando a Medida Provisória 805, que adia para 2019 o aumento para funcionários públicos previsto em lei para 2018 e aumenta o percentual de contribuição previdenciária. 

“Há vários motivos. Um deles é não cumprir o acordo de reajuste salarial. Outro é o aumento de 11% para 14% de contribuição. Isso tudo vai levar a uma queda expressiva da massa salarial, em um momento bem difícil. Por trás de tudo isso, há uma fragilização do Estado e do serviço público. É importante, a cada minuto, se posicionar”, defende. 

As regras da chamada reforma trabalhista, que alterou e excluiu diversos dispositivos da CLT, começaram a ter validade a partir deste sábado (11).

Edição: Simone Freire