Retrocesso

Reforma trabalhista e da Previdência mobiliza trabalhadores contra desmontes de Temer

Contra a precarização do emprego, em defesa da educação e contra privatizações, milhares tomam as ruas do país

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O deputado do Podemos, o espanhol Rafael Mayoral, participou do ato em São Paulo, na Praça da Sé
O deputado do Podemos, o espanhol Rafael Mayoral, participou do ato em São Paulo, na Praça da Sé - Mídia Ninja

O Dia nacional de Luta contra as Reformas Trabalhista e da Previdência terminou com mobilizações em mais dez estados brasileiros e no Distrito Federal.

Em diversas cidades, trabalhadoras e trabalhadores cruzaram os braços em resposta às novas regras da reforma trabalhista, que entra em vigor neste sábado (11) e altera mais de cem pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), lei que regulamenta as relações trabalhistas no Brasil.

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Paraná

A capital do Paraná, Curitiba, teve paralisações em fábricas desde as 4h. De acordo com o sindicato, 30 mil metalúrgicos da Bosch, New Rolland, Renault, Volkswagen/Audi e Volvo aderiram ao movimento.

Ainda no Paraná, por volta das 11h, mil pessoas se reuniram na região central de Curitiba. O ato foi marcado pela unidade entre sete centrais sindicais: CUT, CTB, CSP Conlutas, Força Sindical, UGT e Nova Central. 

São Paulo

Em São Paulo, ato na Praça da Sé, realizado pela manhã, reuniu mais de 20 mil pessoas entre trabalhadores sindicalizados e movimentos populares.

À tarde, foi a vez dos professores e professoras, que marcharam até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado. Além de se posicionarem contra as Reformas do Trabalho e Previdência, eles também criticam o Projeto de Lei (PL) 920, proposto pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O PL, enviado em outubro à Assembléia Legislativa de São Paulo, prevê limitação das despesas primárias por dois anos, ou seja, reduz investimentos em saúde, educação e outros serviços, prejudicando a população paulista.

No interior paulista, atos rechaçaram a privatização de estatais. No Pontal do Paranapanema, a Rodovia Arlindo Betio foi paralisada contra a privatização da Companhia Energética de São Paulo (CESP). Já em Rosana, ato público em Porto Primavera pedia a não privatização da Usina UHE.

Veja como foi o ato em São Paulo:

 

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, a mobilização começou na Praça da Estação e seguiu para a Praça Sete, reunindo 5 mil pessoas. Parte dos manifestantes seguiu do centro até o prédio da Companhia Energética de Minas Gerais S.A (Cemig), que estava ocupado desde quarta-feira (8) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Eles exigiam a eletrificação das áreas rurais.

Pernambuco

Em Recife, a concentração do ato iniciou na Praça do Derby e seguiu pela Avenida Agamenon Magalhães. Em Petrolina, no interior do estado, centrais sindicais colheram mais de 5 mil assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (PLIP), que pretende revogar a reforma trabalhista.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, Agências Bancárias da Avenida Rio branco, no Centro, permaneceram fechadas e o ato teve concentração na Igreja da Candelária.

Durante todo dia a hashtag #DerrubaReforma foi utilizad. Você pode conferir a cobertura completa dos atos no Minuto a Minuto do Brasil de Fato, clicando aqui.

Edição: Vanessa Martina Silva