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Início Bem viver Cultura

Patrimônio

Monumentos de BH que homenageiam a cultura negra ainda são minoria

Pesquisadora afirma que o apagamento da atuação dos negros na construção da cidade se deve ao racismo

04.jul.2018 às 13h47
Belo Horizonte (MG)
Larissa Costa
Estátua de Yemanjá é uma dos únicos três monumentos em homenagem à cultura negra que existem em Belo Horizonte

Estátua de Yemanjá é uma dos únicos três monumentos em homenagem à cultura negra que existem em Belo Horizonte - Foto: Adão Souza/PBH Divulgação

Provavelmente, muitos já passaram pela Lagoa da Pampulha e nunca viram a estátua de Yemanjá, colocada lá em 1982. Ou no bairro Silveira, onde existe uma estátua do Preto Velho também colocado lá há mais de 30 anos. Muitos também, possivelmente, nem sabem que a escultura, na Avenida Brasil, pertinho da Praça Floriano Peixoto, foi feita para Zumbi dos Palmares em 1995. Esses três monumentos são os únicos de Belo Horizonte que resgatam e prestam homenagem à cultura afro-brasileira.

Um inventário, realizado pela Prefeitura de Belo Horizonte, mapeou cerca de 150 monumentos, bustos e esculturas da capital. Entre eles, muitos italianos, espanhóis, portugueses e militares. Segundo Nila Rodrigues Barbosa, historiadora e pesquisadora de patrimônio cultural, esse apagamento de negros e negras da história está relacionado com o racismo estrutural da sociedade.

“Há um racismo institucional. É racismo não reconhecer ou diminuir a importância da participação dos negros na história. No caso da história da cidade, chega a ser absurdo. Houve época que se achava que ela foi construída apenas por italianos. Não foi assim. Se a gente for olhar fotografias antigas da cidade tem um monte de negro, construindo, trabalhando, inclusive com os italianos”, afirma.

Para além de monumentos, é necessário considerar lugares da cidade que foram tombados pelo patrimônio cultural do município, como é o caso do Ilê Wopo Olojukan, primeiro Terreiro de Candomblé da capital mineira. A processo de reconhecimento aconteceu nos anos 1990 e atendeu às reivindicações do movimento negro pelo direito à memória.

Outro local na cidade que resgata a cultura negra, conforme aponta Nila, é a Associação Cultural José Martí, dessa vez com destaque aos elementos latino-americanos. José Martí foi um importante lutador pela independência de Cuba, que no século 19, defendeu a singularidade da identidade latino-americana. Foi um teórico e defensor incansável dos camponeses, dos indígenas e dos negros. Hoje, a Associação, criada em 1986, funciona como movimento popular e político.

Os três quilombos urbanos de BH, Mangueiras, na região Norte, Luízes, na Vila Maria Luiza, e Manzo Ngunzo Kaiango, na região Leste, também foram declarados como Patrimônio Cultural de Belo Horizonte. Para Nila, essa medida da Prefeitura representa um avanço na luta pela demarcação das terras quilombolas.

Inclusive, tanto os monumentos quanto os patrimônios que resgatam a cultura afro-brasileira, são frutos da articulação e atuação do movimento negro. “Se não fosse o movimento negro colocar para a sociedade os processos históricos vistos de um lugar dos negros, a cidade nem se perceberia negra”, afirma a pesquisadora.

Dois quilombos simbólicos de BH

A pesquisadora complementa que, em Belo Horizonte, ainda há dois lugares que a Prefeitura deveria se empenhar no registro como patrimônio cultural. A Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste, e o bairro Concórdia, na região Nordeste, são cruciais na história de Belo Horizonte.

“A Pedreira Prado Lopes é da época da construção da cidade. É um lugar de preto. Quem está lá foram os operários, não os italianos. Negros, em sua maioria, que ganhavam muito pouco e faziam o trabalho pesado. Eles foram morar na Pedreira depois de construírem o centro da cidade. O Concórdia também é culturalmente negro. Em esquinas você tropeça com terreiros, com reinados, com congados, com pessoas negras fazendo cultura”, argumenta Nila.

Editado por: Joana Tavares
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