ORIENTE MÉDIO

Bombardeios israelenses em Gaza matam dois adolescentes e deixam 220 feridos

De março até julho, cerca de 140 palestinos foram mortos pelas forças de segurança de Israel

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Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou que ataques devem continuar
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou que ataques devem continuar - Reprodução/Youtube

Dois adolescentes palestinos foram mortos neste sábado (14) após uma série de bombardeios liderados pelo Exército israelense na Faixa de Gaza.

Segundo as autoridades locais, um jovem de 15 e outro de 16 anos morreram após uma ofensiva contra um prédio a oeste da cidade de Gaza. O governo israelense alega que o bombardeio é uma resposta às manifestações "violentas" que ocorreram ontem na cerca que separa os dois territórios, além de uma nova tentativa de conter o grupo palestino Hamas.

“Aviões de ataque atingiram um túnel destinado a ações terroristas no sul da Faixa de Gaza, assim como vários locais terroristas situados em bases militares”, afirmou o Exército de Israel.  “Os ataques foram uma resposta aos atos de terror durante os violentos protestos contra o território israelense através do lançamento de balões incendiários a partir da Faixa de Gaza”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou à emissora BBC que irá expandir “o escopo de reações aos ataques terroristas do Hamas, tanto quanto for necessário. Se o Hamas não receber nossa mensagem hoje, receberá amanhã”, em um indicativo de que os ataques devem continuar.

Segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, além dos dois adolescentes mortos, ao menos 220 palestinos ficaram feridos por conta dos bombardeios.

Total de mortes

Desde o dia 30 de março, a Faixa de Gaza é palco de protestos contra o bloqueio israelense e pelo direito de regressar às terras das quais foram expulsos após a criação do Estado de Israel, em 1948.

Os protestos se intensificaram na região desde maio, com a inauguração da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Cerca de 140 pessoas morreram desde o início das mobilizações.

Edição: Opera Mundi