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CENSURA

OPINIÃO | Por mais respeito às artes e às religiões

Não é de hoje que a religião gera debate. O próprio Jesus contestava a ganância das lideranças judaicas de seu tempo.

03.ago.2018 às 14h54
Recife (PE)
Ivan Moraes Filho
“O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Rainha do Céu” é peça protagonizada pela atriz Renata Carvalho, uma travesti. 

“O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Rainha do Céu” é peça protagonizada pela atriz Renata Carvalho, uma travesti.  - Divulgação

Vivemos em tempo cabulosos em que falsas polêmicas são criadas para se obter ganhos particulares. Vilões são inventados unicamente para que “heróis de mentirinha” possam aparecer e “derrotar o mal”. Foi assim no último Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), com a tentativa de censura da peça “O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Rainha do Céu”, protagonizado pela atriz Renata Carvalho, uma travesti. 
O monólogo narra uma suposta volta do Cristo à terra, agora num corpo trans. O texto traz referências bíblicas e conta uma história de amor, aceitação, perdão e afeto. A atuação faz rir, faz chorar, faz pensar. As lições que ficam refletem as que foram deixadas por um certo Nazareno há mais de 2 mil anos. Falo porque assisti, importante para atribuir-se o direito de comentar qualquer obra de arte.
Em Garanhuns, a peça foi exibida duas vezes, em espaço privado, graças ao esforço de militantes da cultura. A segunda, depois uma liminar que proibia a peça de “estar na programação do FIG”. Retirados os equipamentos de som e iluminação, as pessoas levantaram-se das cadeiras e saíram debaixo dos toldos do festival. Performance (e aplausos) debaixo de chuva, num ato de resistência aos sepulcros caiados que apostam no uso da fé alheia como ferramenta eleitoral.
Não é de hoje que a religião gera debate. O próprio Jesus contestava a ganância das lideranças judaicas de seu tempo. O uso de referências cristãs nas artes, assim como a subversão de narrativas bíblicas, também não é inédito. Vide filmes como Jesus Cristo Superstar (1973), A Vida de Brian (1980), A Última Tentação de Cristo (1988) ou Dogma (1999). Ou mesmo a peça O Alto da Compadecida (1955), em que um Jesus negro absolve os pecados de um cangaceiro ou o livro O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), em que José Saramago sugere um romance entre o Messias e Maria Madalena. Nem a peça quase-censurada era novidade. Foi apresentada no Recife em maio, no Trema Festival, sem causar nenhum levante.
Não foi “o povo cristão” que se revoltou contra o espetáculo. O ódio, contrário aos ensinamentos de Jesus, vem de pessoas que se movem por interesses eleitoreiros. Como explicar tanta raiva diante de um espetáculo que nem assistiram? Não foram poucas, registre-se, as lideranças religiosas que se posicionaram contra a censura. Compreendem que a liberdade artística não precisa estar em lado oposto à fé de cada pessoa.
Dessa vez, venceu a liberdade de expressão. Mas não se pode baixar a guarda. A defesa da laicidade do Estado permanece sendo uma das mais importantes lutas da nossa contemporaneidade.
*Vereador do Recife pelo PSOL
 

Editado por: Catarina de Angola
Tags: artereligiaoteatrotransexualidadetravesti
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