Pernambuco

ELEIÇÕES

Com apoio de Lula, Paulo Câmara é reeleito no 1º turno em Pernambuco

Sem Eduardo Campos mas com Lula, candidato obteve 50,7% dos votos e liquidou disputa

Brasil de Fato | Recife (PE) |
Votação confirma a hegemonia do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no estado, que tem outras lideranças históricas
Votação confirma a hegemonia do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no estado, que tem outras lideranças históricas - Andréa Rego Barros/PSB

O governador Paulo Câmara (PSB) foi reeleito nesse domingo (7), conquistando o mandato mais uma vez no 1º turno. Os 50,7% dos votos de Câmara (1 milhão 918 mil votos) confirmam a hegemonia do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no estado de Pernambuco, terra de Gregório Bezerra, Francisco Julião, Miguel Arraes e Eduardo Campos, todos figuras de destaque do PSB. O senador Armando Monteiro (PTB), que já havia sido derrotado por Câmara no 1º turno em 2014, obteve 35,9% (1 milhão 361 mil votos) e fica, a partir de 2019, sem mandato.

A vice-governadora de Pernambuco a partir de 2019 será Luciana Santos, atualmente deputada federal e presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Ela já foi prefeita de Olinda por dois mandatos.

Em seguida vieram os candidatos  Dani Portela (PSOL), com 4,9% (188 mil); Julio Lóssio (Rede), com 4,7% (176 mil votos); Maurício Rands (PROS), com 3,4% (129 mil votos); Simone Fontana (PSTU), com 0,2% (9 mil votos). A candidata Ana Patrícia Alves (PCO) não teve os votos contabilizados e foram considerados nulos, porque o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) cassou o registro das candidaturas do partido, já que o PCO não apresentou CNPJ válido. Para o Governo do Estado foram 368 mil votos brancos (6,85%) e 1 milhão 239 mil votos nulos (23%).

Em 2014, quando pela primeira vez disputou uma eleição, superou o seu mesmo adversário deste ano, o senador Armando Monteiro (PTB). Na ocasião, em 2014, muitos analisaram que a vitória no 1º turno teria sido efeito da morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que escolheu Câmara para sucedê-lo. Mas agora, sem o apelo emocional e apesar do governo mal avaliado, o governador conseguiu o apoio de Lula e do PT para liquidar a disputa.

Edição: Monyse Ravena