COLÔMBIA

ONU confirma que 71 ex-membros das Farc foram mortos após acordo de paz

Secretário geral da ONU afirmou que país ainda enfrenta "ameaça contra líderes sociais" após dois anos de acordo

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Os dados foram apresentados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, na última sexta-feira (05)
Os dados foram apresentados pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, na última sexta-feira (05) - Opera Mundi

O secretário geral da ONU, António Guterres, informou nesta sexta-feira (05/10) que ao menos 71 ex-integrantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) foram mortos após o acordo de paz firmado em 2016.

O dado foi apresentado pelo representante diante do quarto informe da Missão de Verificação da ONU na Colômbia, ação internacional que fiscaliza eventuais problemas em assuntos de segurança nacional. 

Segundo o texto, assassinatos e ataques contra ex-combatentes foram registrados em 12 dos 32 departamentos em todo o território colombiano. 

“A Unidade Especial de Investigação ressaltou que três quartos dos assassinatos se concentram em cinco departamentos: Nariño (16), Antioquia (14), el Cauca (12), Caquetá (8), Norte de Santander (7)”. 

Em sua conta pessoal no Twitter, Guterres disse que o acordo histórico entre governo e guerrilha, que encerrou uma disputa de mais de 50 anos, “não está isento de desafios”. 

“O processo de paz não está isento de sérios desafios e ainda que tenha sido marcada por controversas políticas, a importância do acordo para o futuro do país tem ainda mais validade agora”, escreveu.

O texto também destacou que as mortes foram causadas por diferentes fatores, inclusive “defesa da terra e dos recursos naturais”. Por fim, o secretário lembrou que a ameaça aos direitos humanos ainda é um tema sob ameaça no país. 

"Neste mesmo alerta destacamos os múltiplos fatores por trás desses assassinatos, incluindo a participação das vítimas na defesa da terra e dos recursos naturais", disse. 

“Todas as fontes, incluindo a Oficina em Colômbia para o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnudh), atestam que os assassinatos e ameaças contra líderes sociais e defensores dos direitos humanos não acabaram”.

(*) Com teleSUR 

Edição: Opera Mundi