Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Rádio Brasil de Fato

Crime

Chacina de Unaí: mandante condenado a 100 anos terá novo julgamento

Apesar de estarem em liberdade, Antério e Norberto Mânica foram condenados na primeira instância em 2015

20.nov.2018 às 11h47
Victor Ribeiro()
|Radioagência Nacional
Faixa estendida em frente à Justiça Federal de Belo Horizonte em protesto em 2013.

Faixa estendida em frente à Justiça Federal de Belo Horizonte em protesto em 2013. - Stefano Wrobleski

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, com sede em Brasília, decidiu nessa segunda-feira refazer o julgamento que levou à condenação de Antério Mânica, apontado como um dos mandantes da chacina de Unaí. O colegiado também reduziu as penas de outros condenados.

O crime ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, quando três auditores-fiscais do trabalho – Erastótenes Gonçalves, João Batista Lage e Nelson José da Silva -, e o motorista Ailton Oliveira foram executados a tiros durante uma fiscalização de rotina na cidade de Unaí, em Minas Gerais.

Antério e o irmão dele, Norberto Mânica, foram condenados a 100 anos de prisão, por serem os mandantes do quádruplo homicídio.

Por 2 votos a 1, a turma avaliou que algumas testemunhas caíram em contradição e determinou que o julgamento de Antério fosse refeito. O advogado Marcelo Leonardo comemorou a decisão. "Quando a decisão dos jurados não tem nenhum apoio na prova constante do processo ela não pode permanecer de pé. E o tribunal entendeu, que ele deve ser submetido a novo julgamento".

Foram três votos a dois. O relator e presidente do colegiado, Cândido Ribeiro, foi o único favorável a confirmar a condenação; os desembargadores Néviton Guedes e Olindo Menezes aceitaram o pedido da defesa.

Apesar de estarem em liberdade, Antério e Norberto Mânica foram condenados na primeira instância em 2015. Para o Ministério Público Federal, os dois foram os mandantes da chacina, em retaliação à ação dos fiscais que reprimiam a exploração do trabalho semelhante à escravidão.

Ainda de acordo com a acusação, os homicídios foram triplamente qualificados: por motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas e pagamento de recompensa pelas mortes.

A vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, Rosa Maria Campos Jorge, criticou a decisão de refazer o julgamento de Antério. "Nós viemos pra uma casa onde a gente esperava justiça. Pra nós hoje ela é a casa da injustiça. Estamos indignados pois as provas são contundentes."

Antério e Norberto Mânica são fazendeiros influentes na região de Unaí. Norberto é conhecido como o “Rei do Feijão”. E Antério foi eleito prefeito da cidade no mesmo ano da chacina.

Cláudio Calazans foi o delegado do trabalho responsável pela equipe que se tornou vítima da chacina, e  protestou. "É uma indignação. O tribunal confirmou toda essa impunidade. O Antério Mânica é o responsável pelo crime, ele era o maior fazendeiro da região, era o chefe político e econômico da região, jamais teria um crime desse porte, envolvendo o irmão dele e outras pessoas sem o conhecimento dele, sem autorização dele". 

Ao contrário dos irmãos Mânica, os outros cinco condenados cumprem pena na prisão. São os empresários Hugo Pimenta, condenado a 47 anos; José Alberto de Castro, 96 anos de prisão; Erinaldo Silva, condenado a 76 anos; e Rogério Rios, condenado a 94. E o motorista Willian Miranda, condenado a 56 anos de prisão, acusado de acompanhar os criminosos.

O advogado Marcelo Leonardo avaliou que a decisão desta tarde não significa impunidade. "Não se pode dizer que isso gera impunidade porque os mandantes e os diretamente envolvidos estão todos julgados e condenados, alguns já cumprindo pena há muitos anos."

O novo julgamento de Antério Mânica será na Justiça Federal em Belo Horizonte e ainda não tem data para ocorrer.

A advogada Ana Maria Prates Barroso lembrou que o primeiro julgamento demorou mais de onze anos para ser realizado. Ela atua na causa como assistente da acusação e pediu rapidez à Justiça. "A dor não acaba com isso, mas é quando você consegue pelo menos por um ponto pra um recomeço. Isso é importante pra você que perde um ente numa chacina absurda desta. Quanto mais tempo se gasta pra julgar, além da prescrição, a chance do esquecimento é maior. Quando a gente costuma dizer que justiça tardia não é justiça, é justamente por isso".  

Após decidir refazer o julgamento de Antério Mânica, a Quarta Turma do TRF1 julgou recursos de outros réus, inclusive Norberto Mânica. A defesa de Norberto confirmou que, quase 15 anos após o crime, ele confessou a culpa.

Os desembargadores afirmaram que isso não mudaria o julgamento, porque já havia provas suficientes para considerá-lo o mandante da chacina de Unaí. Mas, por maioria, reduziram as penas de Norberto e outros condenados em um terço, por considerar que não cabiam as condenações por crime continuado.

Editado por: Radioagência Nacional
Conteúdo originalmente publicado em Radioagência Nacional
Tags: ministério do trabalhoradioagênciatrabalho escravo
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Reação do governo

Comitê do governo para discutir resposta à tarifa de Trump inicia trabalhos e tem reuniões com indústria e agro nesta terça (15)

VOZ DAS RUAS

Fim da escala 6×1 e taxação dos ricos: saiba o que pensa quem vota no Plebiscito Popular

RECONSTRUÇÃO LENTA

MPF acusa o governo do RS de má utilização das verbas anti-enchentes

Arma política

Tarifaço de Trump é ‘coisa de mafioso’ e usa ‘chicote’ contra o Brasil, diz analista

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Plebiscito popular inicia segundo mutirão de votação no Rio Grande do Sul

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.