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Você já experimentou todos os tipos de uva comuns no Brasil?

No Brasil, são seis espécies para consumo: Itália, Thompson, Crimson, Rubi, Benitaka e Niagara Rosada

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A uva é um dos produtos mais exportados no mundo todo.
A uva é um dos produtos mais exportados no mundo todo. - Pixabay
No Brasil, são seis espécies para consumo: Itália, Thompson, Crimson, Rubi, Benitaka e Niagara Rosada

Uma das frutas mais exportadas em todo mundo é a uva, que costuma compor a sobremesa do brasileiro. A uva é o fruto da videira e além de ser comida ao natural, também pode virar suco, geleia, vinhos e doces. Além disso, pode se transformar na famosa uva passa, que aparece nas festividades do final do ano e costuma dividir opiniões sobre seu sabor. 

Há uma quantidade quase incontável de espécies de uvas. Estimam-se mais de 8 mil gêneros diferentes em todo o mundo, dos quais mais de 60% são utilizados somente para a produção de vinho. As que são destinadas para o consumo in natura são mais doces e podem ser encontradas nas feiras e nos mercados. São as chamadas “uvas de mesas”. 

A uva faz bem para a saúde por ser rica em antioxidantes e fibras e também por conter resveratrol, substância que ajuda na circulação sanguínea e diminui o colesterol ruim. 

A nutricionista Vanessa Lourenço, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), explica que a fibra presente na casca da uva tem função importante no intestino. “As uvas em geral são ricas em vitaminas e minerais. É importante que as pessoas ingiram (a uva) com a casca, porque é na casca que estão as fibras, que são muito importante para o intestino e para o equilíbrio intestinal. Além da fibra da casca, ela tem alguns antioxidantes, como a antocianina, geralmente nas frutas mais roxas ou avermelhadas”, diz.  

A antocianina, citada por Lourenço, é responsável pela pigmentação avermelhada nas uvas, protege o coração e também traz benefícios para a vista.

Embora a uva tenha tudo para ser saudável, é bom evitar o consumo em excesso. Em média, são 16 gramas de açúcar para cada 100 gramas da fruta. 

Lourenço também explica que é preciso lavar bem a uva antes de comer para evitar a contaminação por possíveis agrotóxicos, caso não seja possível encontrar uma produção orgânica. “A gente acaba, hoje, orientando as pessoas a tentar comprar os produtos orgânicos. A gente sabe que ainda é um pouco difícil de encontrar as frutas orgânicas e o preço é um pouco mais caro. Mas, se a pessoa não encontrar, é preciso higienizar o máximo que puder, com bastante água, esfregar bem a casca. É claro que ainda vai ficar algum resíduo se tiver agrotóxico na casca da uva e a gente sabe que, a longo prazo, isso não é muito bom, mas às vezes não tem muito para onde correr, porque a gente não encontra um produto, ou uma fruta dessas orgânica”, afirma a nutricionista. 

No Brasil, são seis espécies de uvas mais comuns para consumo, divididas entre rústicas e finas. A mais conhecida é a uva Itália, verde ou amarelada, de casca consistente e polpa crocante. A uva Thompson, uma das mais antigas, é bastante conhecida pela casca verde e fina, ausência de sementes e pelo sabor mais doce que as demais espécies. Muitas vezes é confundida com a Crimson, que também não tem sementes, mas assume a coloração mais avermelhada. 

A Rubi, que mescla o amarelo e o roxo, é mais dura e ovalada, ao passo que a Benitaka tem um tom de roxo puxado para o vermelho e costuma ser um pouco mais inchada.  Por fim, a Niagara Rosada traz uma textura mais gelatinosa, com casca mais resistente e um tom de roxo bem característico, perfeita para geleias. 

Por isso, a uva, independente da espécie, é uma das sobremesas mais consumidas no Brasil, boa para a época de fim de ano como uma alternativa doce, barata e gostosa para dividir com amigos e família. 

Edição: Michele Carvalho