América Latina

Mais de mil imigrantes centro-americanos são recebidos na Cidade do México

Na última semana, governo de López Obrador anunciou concessão de vistos humanitários para mais de 8 mil migrantes

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Além dos 1.100 imigrantes que já chegaram nesta semana, outras 1.500 pessoas são esperadas na capital mexicana
Além dos 1.100 imigrantes que já chegaram nesta semana, outras 1.500 pessoas são esperadas na capital mexicana - Foto: Johan Ordóñez/AFP

Mais de 1.100 imigrantes oriundos de países centro-americanos chegaram à Cidade do México nesta segunda-feira (28). Segundo autoridades locais, outras 1.500 pessoas também já estão a caminho da capital do país.

A secretária de governo da capital mexicana, Rosa Icela Rodríguez, disse em sua conta no Twitter que os imigrantes vindos de Honduras, El Salvador e Guatemala serão temporariamente instalados no Estádio Jesús Martínez.

A caravana entrou no México por meio da fronteira entre o país e a Guatemala no dia 18 de janeiro. A princípio, o objetivo dos migrantes era chegar aos Estados Unidos. No entanto, após o início do êxodo, os EUA passaram a endurecer cada vez mais suas políticas de imigração.

O México, por outro lado, anunciou na última semana que iria receber a nova caravana, concedendo vistos humanitários para que as pessoas pudessem trabalhar no país e obter outros benefícios sociais. 

Um primeiro grupo de pessoas já havia sido recebido no México em novembro do ano passado. Na ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia acabado de anunciar que seu governo estava preparando um endurecimento na gestão dos pedidos de asilo.

Novos vistos

Na última quinta-feira, o governo mexicano, liderado pelo presidente Andrés Manuel López Obrador, anunciou a concessão de vistos humanitários para 8.727 imigrantes da América Central. A medida faz parte de uma nova política de abertura impulsionada pelo mandatário mexicano.

O visto permite que os imigrantes possam transitar livremente em todo o território mexicano, trabalhar e estudar no país, além de ter acesso a direitos sociais e assistência médico-sanitária.

Na última semana, ao menos quatro caravanas partiram de Honduras. A pobreza e a violência de gangues que atuam nos países centro-americanos são os principais motivos citados pelos migrantes para deixar seu país de origem.

As autoridades mexicanas estimam que cerca de 500 mil centro-americanos percorrem o México anualmente na tentativa de chegar aos Estados Unidos.

Edição: Aline Scátola