Apoio popular

Manifestantes de sete estados vão às ruas em solidariedade a Lula após nova sentença

Em São Paulo (SP), ato político aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (7) em frente ao Diretório Nacional do PT

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a luta por "Lula livre" e a luta dos trabalhadores não podem ser dissociadas
Ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a luta por "Lula livre" e a luta dos trabalhadores não podem ser dissociadas - Ricardo Stuckert

Milhares de manifestantes se reuniram nesta quinta-feira (7) em pelo menos sete estados do país para protestar contra a condenação do ex-presidente Lula (PT) em primeira instância no caso "sítio de Atibaia", proferida um dia antes pela juíza Gabriela Hardt, que substitui Sérgio Moro em Curitiba (PR).

Em frente à Superintendência da Polícia Federal, na capital do Paraná, os senadores Jaques Wagner (PT) e Humberto Costa (PT) criticaram a sentença de Hardt e reforçaram que o ex-presidente é um preso político.

A maior mobilização aconteceu em São Paulo (SP), em frente ao Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).

O ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que a luta por "Lula livre" e a luta dos trabalhadores contra os retrocessos não podem ser dissociadas: "Nós não queremos passar pano em nada. Mas nós queremos imparcialidade, nós queremos justiça. Queremos que toda decisão de um juiz seja baseada em provas, e não em convicções", acrescentou.

Apoio popular

A assistente social Zelma Sanches não é filiada a nenhum partido, mas decidiu participar do ato político porque considera injustas as duas condenações de Lula no âmbito da Lava Jato: "Eu quero a liberdade do Lula, o melhor presidente que o país já teve. Um presidente que lutou pelo pobre, que deu condição para o pobre estudar, que levou luz para todos no Nordeste, no país inteiro. Não se pode condenar uma pessoa pela reforma de um sítio onde nada foi provado".

A professora Maria Cristina Silva Santos, que cursou pedagogia pelo Prouni graças ao governo Lula, entende que a estratégia de perseguição é evidente para quem acompanha o noticiário político. "É óbvio, é nítido que faz parte de uma armação para destruir quem tanto deu força para o povo brasileiro".

Márcia Fukelmann é chef de cozinha e renovou sua filiação ao PT nesta quinta-feira, simbolizando a confiança no ex-presidente um dia após a sentença condenatória. "Isso tem que tomar um volume maior. Nossa voz tem que ser ouvida. A gente tem que recuperar essa força", disse. Por outro lado, a militante petista expressa preocupação com a soma das penas. "Ele tem 73 anos. Com duas condenações, é como uma prisão perpétua", lamenta.

Lula foi condenado a 12 anos e 11 meses pela juíza Gabriela Hardt na última quarta-feira (6). A defesa pode recorrer da decisão.

Também foram registrados atos políticos em apoio ao ex-presidente em Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Palmas (TO), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Cuiabá (MT).

Edição: Daniel Giovanaz