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Alerta

Em Curitiba (PR), três pessoas em situação de rua foram assassinadas em janeiro

Movimentos populares iniciam campanha para sensibilizar população e pedem ação urgente do poder público

25.fev.2019 às 12h04
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas
Criar uma política de moradia para a população em situação de rua vem sendo o norte apontado por entidades

Criar uma política de moradia para a população em situação de rua vem sendo o norte apontado por entidades - Ana Carolina Caldas

Um protesto aconteceu neste sábado (23), no bairro Vila Hauer em Curitiba, para denunciar mortes de pessoas em situação rua por violência. Só em janeiro de 2019 já foram 3 assassinatos. Entre estes, um morador de rua morreu carbonizado próximo ao Terminal do Vila Hauer, no dia 21 de janeiro.

No mesmo local, entidades, movimentos sociais, parlamentares e moradores de rua se reuniram no sábado para distribuir panfletos com o objetivo de sensibilizar a população para que compreendam a situação de vulnerabilidade das pessoas em situação de rua. Além deste caso, ainda um outro morador de rua foi morto a tiros, no dia 18 de janeiro, no bairro Boqueirão. E, no dia 25, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, outro foi carbonizado.

A Policia Civil do Paraná em resposta ao Brasil de Fato informou que dois suspeitos pela morte do morador no bairro Vila Hauer foram presos na última segunda feira. Em nota, a Fundação de Assistência Social (FAS), órgão da Prefeitura de Curitiba que presta atendimento à população em situação de rua, diz que “todo apoio para as investigações está sendo prestado e o atendimento preventivo à violência é feito diariamente nos Centros de Referência da cidade de Curitiba”.

O protesto também teve como objetivo organizar ações para reivindicar do Poder Público com urgência a formulação de uma política voltada para a população de rua. Serão realizados outros atos iguais a este em diferentes bairros da cidade de Curitiba e Região Metropolitana. Segundo Leonildo Monteiro, do Movimento Nacional da População em situação de rua (MNPR), está sendo realizada uma campanha para que a sociedade compreenda quem são as pessoas em situação de morar na rua. “O morador é um corpo fácil, exposto no espaço público, sujeito à diferentes violações”. Leonildo esteve nessa situação por cinco anos e sabe as dificuldades de acolhimento da cidade.

Segundo Tomás Melo, do Instituto Nacional de Direitos Humanos da População em situação de rua (INRua), “por mais que a gente não tenha números oficiais, conseguimos perceber a olhos nus que tem crescido muito o número de pessoas em situação de rua em Curitiba. Isso se deve também a situação de crise e desemprego. As pessoas vão sendo expulsas do centro e estão vindo para as periferias. Isso gera muito conflito nos próprios bairros porque é também um espaço que as pessoas passam a competir por recursos escassos”.

Outro agravante, segundo Melo, é que atualmente e cada vez mais as pessoas estão fazendo justiça com as próprias mãos. “Essa violência que vem da sociedade tem a ver com este momento em que as pessoas vem se sentindo legitimas e autorizadas a cometer atos violentos contra pessoas em situação de rua”. 

Poder público sem proposta

Sobre o retorno da Prefeitura de Curitiba e do Governo do Estado a respeito dos casos de violência, os movimentos sociais e entidades são taxativos em dizer que não existe resposta ou proposta. “Desde que a nova gestão da Prefeitura de Curitiba assumiu nós tentamos diálogo e até apontamos alguns caminhos sobre esta violência. Mas essa gestão que está aí não quer conversa, só quer ouvir os lados dos comerciantes e lojistas”, informa Leonildo, do MNPR.

Além da inexistência de uma política voltada para a população de rua, há ainda muitas vezes precariedade e falta de preparo técnico. Para Eliane Silvério Betiato, do Conselho Regional de Serviço Social, “essa violência é velada em espaços institucionais em que estas pessoas deveriam ser acolhidas. No dia a dia existem dificuldades para acessar serviços, precariedades nos espaços de acolhimento. Muitas vezes temos preconceitos e falta de preparo técnico nessa acolhida”.

“O que eu mais quero é sair da rua”, diz João Marcelo, há 6 anos na rua. 

Presente no protesto na Vila Hauer, João Marcelo de Carvalho, de 39 anos, diz que o que mais deseja é sair da rua, onde está há 6 anos: “O que me falta é oportunidade. Mas não temos acesso ao que mais precisamos que é casa e emprego. Eu desejaria ter, para eu poder levantar minha cabeça, ter meu dinheiro, chegar no mercado, pagar minha comida. Eu não quero morrer com essa vida”.

Política de moradia social é a solução

Criar uma política de moradia para a população em situação de rua vem sendo o norte apontado por entidades, movimentos e grupos de pesquisa sobre a população de rua. Para Melo, do Inrua, “é preciso urgente uma política pública permanente que consiga criar condições de superar a situação de rua de forma também permanente. A gente entende que a política adequada para fazer isso é a política habitacional com investimento público”.

Esta é uma das soluções já utilizadas em países como a Finlândia que erradicou a população de rua com programa habitacional.  Trata-se de um programa contínuo, com cartas de compromisso assinadas pelas Prefeituras, que tem como medida inicial o aluguel de moradias adaptável aos moradores de rua em situação de vulnerabilidade.

“Vários estudos apontam o morar como condição de organização psíquica do indivíduo. Geralmente o que se pretende é que primeiro o morador de rua se cure, consiga um trabalho. Mas é a partir do lugar privado, para ele refletir, se organizar, fazer higiene e descansar é que ele consegue sair dessa situação“, finaliza Melo. 

Editado por: Laís Melo
Tags: radioagência
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