Rio de Janeiro

MULHERES

No Rio, ato unificado das mulheres terá batucada feminista e "Sarau para Marielle"

Concentração da manifestação acontecerá a partir das 16h nas imediações da Igreja da Candelária

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Mulheres sairão às ruas em todo o país para criticar medidas propostas pelo governo ultraconservador de Jair Bolsonaro
Mulheres sairão às ruas em todo o país para criticar medidas propostas pelo governo ultraconservador de Jair Bolsonaro - Rovena Rosa / Agência Brasil

Um ato unificado no Rio de Janeiro vai marcar o Dia Internacional de Luta das Mulheres, data celebrada no dia 8 de março. A proposta de reforma da previdência do Governo Bolsonaro, que ataca direitos das mulheres trabalhadoras, será um dos principais temas que serão abordados no ato. Além disso, a atividade terá homenagens à vereadora Marielle Franco, cujo assassinato político vai completar 1 ano ainda sem respostas. O alto índice de feminicídio no Brasil, o quinto maior do mundo, também será denunciado pelas mulheres durante os protestos.

Essa manifestação é considerada a primeira grande agenda de lutas do ano. O evento do Facebook indica que milhares já estão confirmadas para participar da caminhada. Os eixos da manifestação deste ano são: "Pela Vida das Mulheres, Justiça por Marielle, por Democracia e Direitos, Contra Bolsonaro e Contra a Reforma da Previdência". "Leve flores, faixas, velas, placas, desenhos", orientam as organizadoras do ato.

:: Minuto a minuto | No 8 de março mulheres ocupam as ruas do Brasil por direitos :: 

O roteiro previsto da mobilização terá concentração nas imediações da Igreja Candelária (Rua Primeiro de Março, 65), das 16h às 18h, onde será lido um manifesto. Após este momento, haverá uma caminhada com batucada feminista até a Cinelândia. Nas escadarias da Câmara de Vereadores do Rio, mulheres farão um "Sarau para Marielle" intercalado com saudações de movimentos populares e entidades feministas. O encerramento contará com apresentações de Filhas de Gandhi, Slam das Minas, Marina Iris, Madalenas, Samba Brilha, Kae Guajajara, Verônica Bonfim e Doralyce.

"Estamos muito animadas com a construção deste 8 de março que será histórico. Nossa intenção é chamar a resistência contra o governo machista de Jair Bolsonaro que quer aprovar uma reforma da previdência que vai fazer com que as mulheres se aposentem com 62 anos, isso significa trabalhar mais e receber menos", explicou Júlia Borges, do Coletivo Nacional Vamos à Luta, em entrevista ao Programa Brasil de Fato Rio de Janeiro.

CONTEXTO

As mobilizações do Dia Internacional de Luta das Mulheres se dão em um momento de retrocessos de direitos no país e aumento de violência sobre a vida das mulheres. A destruição das políticas públicas de saúde e educação representam uma violência contra toda a população, mas atinge as mulheres de forma mais cruel. É sobre elas que recai o trabalho de cuidado com doentes e com educação quando o Estado não cumpre seu papel.

A expectativa é que o 8 de março resgate o clima de unidade dos atos #EleNão, liderados por mulheres no dia 29 de setembro, pelo caráter crítico às politicas e propostas de Jair Bolsonaro (PSL). Os protestos aconteceram em todos os estados brasileiros, e são caracterizados como uma das maiores mobilizações espontâneas ocorridas no país.

 

Edição: Vivian Virissimo