Visita

Lula prefere ser um preso digno a ser um "rato" solto, diz Juca Kfouri

Recado foi dado à militância pelo jornalista, que visitou o ex-presidente na prisão nesta quinta-feira (4) em Curitiba

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Procurador aposentado Afrânio Jardim (esq.) e Juca Kfouri (dir.) estiveram com Lula às vésperas do aniversário de um ano da prisão política
Procurador aposentado Afrânio Jardim (esq.) e Juca Kfouri (dir.) estiveram com Lula às vésperas do aniversário de um ano da prisão política - Denise Veiga

O jornalista Juca Kfouri visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão nesta quinta-feira (4), em Curitiba, segundo ele, para levar um abraço solidário de quem também é avô de duas netas e consegue imaginar “a dor que o ex-presidente está passando”.

Ele disse que se surpreendeu com as condições de saúde de Lula. “Imaginava encontrá-lo muito mais debilitado, até porque ele não está debilitado, fisicamente está muito bem. E o Lula é o Lula. Só fala de projeto para o Brasil, em quando ‘eu sair daqui, daquilo que o PT precisa fazer etc'.”

O jornalista contou que, entre essas recomendações, está a de que os petistas têm de ser “que nem os pastores, todo dia repetir as coisas, dizer o que o Brasil precisa ser amanhã. Não adianta ter uma ideia brilhante e só se manifestar a cada quarenta dias na reunião do partido.” 

Sobre sua prisão, mandou o recado de que “prefere ser um preso digno que um 'rato solto’. Fico pensando que ele vai dar trabalho pra gente. Esse é o Lula que todos nós conhecemos”, complementa Juca. 

Sobre como se sentiu na visita, o jornalista diz que sai de Curitiba com sentimento ambíguo. “Não é possível que esse cara seja mantido aí já há quase um ano e a gente não saiba mais por quanto tempo. Mas saio daqui também otimista, porque não dá para encontrar com ele e não estar otimista, porque ele não está deprimido.” 

Perguntado se Lula deu missões a ele, como faz com todos que o visitam, Juca diz que sim. “É não calar, ficar repetindo, ficar discutindo o Brasil. É não aceitar a arbitrariedade que estamos vendo, é ter a clareza de que estão entregando o Brasil, que tudo se deve à questão do Pré-Sal, ao interesse americano no nosso petróleo. Aquelas coisas que sabemos, mas que ele repete, repete o tempo todo.”

Edição: Aline Carrijo