Censura

Presidente do Supremo permite que Lula dê entrevistas a veículos de comunicação

Decisão de Toffoli derruba liminar de Fux que proibia a imprensa de publicar qualquer declaração do ex-presidente

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba (PR) desde 7 de abril de 2018
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba (PR) desde 7 de abril de 2018 - Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está liberado para dar entrevistas a veículos de comunicação que tenham pedido autorização para falar com ele na prisão. A decisão é do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e foi divulgada nesta quinta-feira (18).

A liminar de Toffoli suspende decisão do ministro Luiz Fux de setembro de 2018, que proibia Lula de dar entrevista ou fazer declarações "a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral". 

A decisão de Fux foi, na verdade, a suspensão de outra liminar concedida por Ricardo Lewandowski que autorizava o jornal Folha de S. Paulo a entrevistar o ex-presidente na prisão, em Curitiba (PR).

Além de cassar a permissão e estender a outros veículos de comunicação a proibição, a decisão de Fux também determinava que, caso a entrevista já tivesse sido realizada, ela não poderia ser divulgada.

À época, juristas identificaram a decisão como caso de desrespeito à lei e à censura.

Cumprimento imediato

Imediatamente após a decisão, os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), líder do PT na Câmara, e Paulo Teixeira (PT-SP), juntamente com o ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ), protocolaram uma petição junto ao STF pedindo o “efetivo cumprimento” da decisão que autoriza o ex-presidente Lula a dar entrevista à jornalista Mônica Bérgamo, da Folha.

 

Edição: Aline Carrijo