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CAMPO

Conflitos pela água e contra as comunidades tradicionais marcam o campo em 2018

A Comissão Pastoral da Terra lançou caderno com os dados em evento na Universidade Federal da Bahia (UFBA)

26.abr.2019 às 11h46
Salvador (BA)
Guilherme Ribeiro
Segundo a CPT, houve um aumento de 59% no número de famílias expulsas de suas terras no ano passado em relação a 2017.

Segundo a CPT, houve um aumento de 59% no número de famílias expulsas de suas terras no ano passado em relação a 2017. - Guilherme Ribeiro

Aconteceu nesta quinta-feira, 25, no auditório da Faculdade de Economia da UFBA, o lançamento do Caderno de Conflitos no Campo 2018. A atividade contou com a presença de dezenas de militantes de movimentos populares e organizações da sociedade civil que debateram a conjuntura nacional e os desafios do povo brasileiro neste novo governo.
Organizado anualmente pela Comissão Pastoral da Terra, o caderno, publicado desde 1985, traz dados e informações sobre os conflitos pela posse da terra no Brasil. A notícia menos pior é que houve a diminuição do número de assassinatos, que caiu de 71 em 2017 para 28 em 2018. Porém, o número de pessoas envolvidas em conflitos subiu de 708 mil para 960 mil de 2017 para 2018. Dentre as hipóteses para a diminuição dos assassinatos, está o calendário eleitoral, em que os candidatos vinculados ao latifúndio tendem a diminuir a violência para não se mancharem para a disputa.
AS VIOLÊNCIAS
Segundo a CPT, houve um aumento de 59% no número de famílias expulsas de suas terras no ano passado em relação a 2017. Aumentou também o número de conflitos pela água: em 2017, foram 197; em 2018, 276, com cerca de 73.693 famílias envolvidas, um aumento de 108% em relação a 2017. Um dado que chama atenção é que 57% das pessoas assassinadas eram lideranças.
As populações tradicionais, como os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, comunidades de fundo e fecho de pasto e outras estão entre os principais alvos dos latifundiários, mineradoras e grandes transnacionais que passaram a comprar mais terras durante a abertura proporcionada pelo governo Temer. Desde a eleição de Bolsonaro, houve uma ofensiva de ataques contra os povos indígenas do Mato Grosso do Sul e de Estados da região norte do país.
Em relação às mulheres, os dados do ano passado são alarmantes: 36 foram ameaçadas de morte, 6 sofreram tentativa de assassinato, 15 foram presas, 2 torturadas, 6 sofreram ferimentos, 2 morreram em consequência dos conflitos, 1 sofreu aborto e 400 foram detidas.
CASOS DA BAHIA
Os conflitos em nosso Estado são marcados pelo avanço do agronegócio no oeste, pelas empresas mineradoras e dos projetos de energia eólica sobre as terras dos povos tradicionais. No ano passado duas lideranças foram assassinadas: o militante Márcio Matos, do MST, morto na frente do filho em Iramaia, na Chapada Diamantina, e o indígena Reinaldo Silva Pataxó, da tribo Pataxó Hã-Hã-Hãe, assassinado em sua aldeia em Pau Brasil, sul do Estado.
Para Maria José, militante da pastoral dos pescadores, "na Ilha de Maré sofremos a lógica do racismo ambiental. O modelo de exploração faz com que nós, sobretudo negros e comunidades tradicionais, não sirvamos para nada", disse em sua exposição. Já para o militante Jamilton Magalhães, conhecido como Carreirinha, da cidade de Correntina, que recentemente passou por um grave conflito pela água envolvendo a população e empresas transnacionais do agronegócio, “eu não quero morrer de sede, e ninguém que more na beira de um rio como o Arrojado deveria morrer de sede. O povo de Correntina não é terrorista como o estado diz. Nós só queremos água". 
Em 2017, houve um massacre de 6 trabalhadores no território quilombola de Lúna, em Lençóis, na Chapada Diamantina. Ainda em Lúna, outro quilombola havia sido assassinado em julho do mesmo ano. Da mesma forma, militante do MPA e quilombola, José Raimundo Júnior foi assassinado em Antônio Cardoso, centro-norte da Bahia. Todos os crimes seguem sem esclarecimentos.
Para José Eduardo Beniézio, militante da CPT e do MAM – Movimento pela Soberania Popular na Mineração, os conflitos tendem a se acirrar por que o governo Bolsonaro “está plenamente aliado aos interesses das empresas transnacionais que vêm explorar nos territórios da África e América Latina”. Para ele, é preciso que a esquerda brasileira identifique as contradições geradas pela exploração do hidro-agronegócio, das mineradoras e de outros recursos naturais e debata com a população que tipo de desenvolvimento nacional queremos para o país.
 

Editado por: Elen Carvalho
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