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Começa o Brasileirão da desigualdade

Times com orçamentos superiores a R$ 600 milhões, disputam com times que prevêm receita de R$ 40 milhões no ano

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
CSA, de Alagoas, por exemplo, que deve lutar contra o rebaixamento, fatura cerca de 15 vezes menos, com R$ 40 milhões no ano
CSA, de Alagoas, por exemplo, que deve lutar contra o rebaixamento, fatura cerca de 15 vezes menos, com R$ 40 milhões no ano - Luca Erbes/Futura Press/Folhapress

O Brasileirão 2019, que começa no próximo sábado, é um verdadeiro campeonato de desigualdades. Times como Flamengo e Palmeiras, dois dos candidatos ao título, têm orçamentos entre R$ 600 e 700 milhões de reais por ano. Enquanto CSA, de Alagoas, por exemplo, que deve lutar contra o rebaixamento, fatura cerca de 15 vezes menos, com R$ 40 milhões no ano. 

Abaixo dos dois novos-ricos do futebol brasileiro, vêm Corinthians e São Paulo, na casa dos R$ 400 milhões por ano. E o que junta esses times é que têm folhas salariais superiores a 10 milhões de reais por mês, e também chances de disputar o título brasileiro. 

Na terceira divisão da arrecadação entram times como Santos, Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG e Atlhetico, que este ano devem ficar perto dos R$ 300 milhões por ano e que também têm chances, mais uns que outros, de disputar o título da competição. E que também contam com altas folhas salariais. 

Os cariocas Vasco, Botafogo, Fluminense e o Bahia ficam num limbo, entre a luta contra o rebaixamento e a possibilidade de uma classificação para a Libertadores ou Sul-Americana, com suas finanças não permitindo grandes investimentos, embora haja tradição e torcida. 

Já Avaí, Ceará, Chapecoense, o já citado CSA, Fortaleza e o Goiás, que volta este ano à série A, com orçamentos menores, terão de suar muito e ajustar seus times para evitar ir para a série B em 2020.

Campeonato tem times de dez estados 

O Brasileirão começa, depois de muito tempo, com apenas um time do Paraná na série A, o Athetico, depois que o Paraná caiu e o Coritiba não conseguiu subir em 2018. 

São Paulo e Rio de Janeiro concentram quase metade das vagas, com oito times. Seguidos por Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais e Ceará, com dois times cada. Com apenas um representante, além do Paraná, estão Goiás, Bahia e Alagoas. Por Região, o Sudeste tem 10 times, o Sul, 5, Nordeste, 4, e o Centro-Oeste, 1.  

                                                                             

 

Edição: Laís Melo