Posição

Flavio Dino nega que governadores do NE tenham definido apoiar reforma da Previdência

Governador do Maranhão participou de evento na UFRN; ele pontua que é necessário continuar a debater o texto da proposta

Brasil de Fato | Natal (RN) |
Governador do Maranhão participou do evento Trilhas da Democracia, na UFRN
Governador do Maranhão participou do evento Trilhas da Democracia, na UFRN - Kennet Anderson

Após uma série de cartas escritas por governadores de todo Brasil sobre o apoio à Reforma da Previdência e a incerteza da decisão de alguns do Nordeste, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) falou que ainda não é unânime a questão. Segundo ele, embora tenha havido mudanças com relação ao texto original da Reforma, ainda há “uma série de medidas antissociais e indesejáveis”.
A posição de governadores com a proposta, surgiu após a realização do Fórum dos Governadores, em Brasília. Primeiro, uma carta não assinada foi elaborada por pressão do governador de São Paulo João Doria (PSDB), repudiando a retirada de servidores estaduais do texto. Após críticas, uma segunda carta foi escrita em tom mais ameno. Entretanto, os nove governadores do Nordeste disseram não assinar esse último texto, fazendo-os divulgar uma nova carta colocando a necessidade de debater a Reforma, porém retirando alguns pontos da proposta.
“Conversamos isso em um documento dos nove governadores do Nordeste chamado de ‘Carta de São Luís’, lançado exatamente em meu estado, colocando alguns pontos fundamentais para que houvesse condições mínimas para o diálogo com a proposta”, explicou Flávio Dino em uma coletiva concedida antes de sua palestra realizada na UFRN.
Passados alguns dias da realização das cartas, surgiram conversas de que os governadores tinham aceitado apoiar a Reforma da Previdência em troca da retirada desses “pontos fundamentais” e que eles também iriam tentar convencer deputados federais de base aliada a apoiar a proposta. Contudo, Flávio Dino destaca que “houve uma evolução, mas não o suficiente para um tipo de apoio”. Ele afirma que ocorreu uma reunião na semana passada sem um consenso definitivo e que ocorrerão mais encontros entre os governadores.
“Agora sempre lembrando, a responsabilidade principal não é nossa, porque há sempre uma ideia de que os governadores estão atrapalhando. Não. Quem tem que conduzir a agenda no Congresso Nacional é o Governo Federal. Então, não aceitamos que se impute a nós um ônus que não nos pertence”, ressalta.
 

Edição: Marcos Barbosa