VAZA JATO

Gilmar Mendes, do STF, concede liminar que impede investigação contra Greenwald

Medida cautelar cita direito de sigilo de fonte e necessidade de preservar liberdade de imprensa no país

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

"A atuação do jornalista Glenn Greenwald é digna de proteção constitucional, independentemente do seu conteúdo", diz decisão
"A atuação do jornalista Glenn Greenwald é digna de proteção constitucional, independentemente do seu conteúdo", diz decisão - Geraldo Magela/Agência Senado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, concedeu uma medida cautelar impedindo que autoridades responsabilizem o jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, pela divulgação de mensagens da Vaza Jato.

Continua após publicidade

Mendes citou a proteção do sigilo de fonte jornalística como uma prerrogativa constitucional e afirmou que as autoridades não devem punir quem receptou e transmitiu informações vindas de fonte anônima.

"A atuação do jornalista Glenn Greenwald na divulgação recente de conversas e de trocas de informações entre agentes públicos atuantes na Operação Lava Jato é digna de proteção constitucional, independentemente do seu conteúdo ou do seu impacto sobre interesses governamentais", disse a decisão. 

Apesar de não haver nenhuma investigação pública ou inquéritos, os órgãos não negaram a possibilidade de abrir procedimentos contra Greenwald.

O pedido acatado pelo ministro do STF partiu do partido Rede Sustentabilidade, que alega que procedimentos contra o jornalista estadunidense seriam retaliatórios.

Edição: Pedro Ribeiro Nogueira