Paraná

sem veneno

Projetos educacionais fazem parte da programação da Jornada da Agroecologia

Com a participação de professores e alunos da rede pública, atividades visam a formação e conscientização do público

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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No dia 30 de agosto haverá a abertura do Espaço “Conhecimento em Movimento – Em Defesa da Educação”.
No dia 30 de agosto haverá a abertura do Espaço “Conhecimento em Movimento – Em Defesa da Educação”. - Leandro Taques

A cada ano, desde 2002, realiza-se o encontro da Jornada de Agroecologia, com duração de quatro dias e participação média de 4 mil pessoas. Já foi realizada em várias cidades do Paraná e pelo segundo ano consecutivo acontece em Curitiba, capital do Paraná.  A jornada é o resultado do diálogo entre movimentos sociais do campo e da cidade, em defesa da agroecologia. E, um dos objetivos centrais é contribuir na formação de estudantes e o público m geral com projetos voltados para a educação. Além das várias palestras e oficinas com debates sobre temas que se relacionam com as lutas pela terra, reforma agrária e a defesa da agricultura familiar, há também atividades como o Túnel do Tempo e o Espaço Conhecimento em Movimento, que trarão muita informação e interação.  

O túnel do tempo é uma espécie de museu popular em que estudantes do ensino fundamental e médio, vindos de assentamentos e acampamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), apresentam a história da agricultura até chegar ao momento atual e a agroecologia. A atividade recebe a visita dos participantes da Jornada e especialmente de escolas públicas da rede de ensino do Paraná.  Segundo o professor Vinicius da Silva Oliveira, da Escola Itinerante Valmir Motta de Oliveira, esta atividade é um processo pedagógico que envolve os alunos e alunas de forma bastante diferente. “Ela se dá de forma coletiva na sua elaboração pelos próprios alunos do campo e o resultado é uma exposição atrativa e bastante didática,” explica o professor que participa da organização e também leva seus alunos para a visita. “Já contamos várias histórias importantes nas edições passadas, como a Guerra do Contestado e agora vamos contar a história de luta pela terra. São temas importantes para que as escolas possam ter acesso e também porque estamos levando em conta o olhar do trabalhador do campo para contar estas histórias.”

Conhecimento em Movimento

No dia 30 de agosto haverá a abertura do Espaço “Conhecimento em Movimento – Em Defesa da Educação”, que será voltado para apresentar projetos de pesquisa e extensão das universidades públicas, com uso de linguagens diversas, como materiais audiovisuais, mapas, jornais, maquetes e intervenções artística. Segundo a coordenação do espaço, a   concentração das atividades será ao longo de todo o dia na Boca Maldita. “Importante destacar que este espaço. A organização é toda feita com a participação de alunos, professores e especialmente pelos oriundos das escolas públicas. Entre os projetos de pesquisa e extensão das universidades já confirmados, estão incluídos temas como hortas comunitárias, banco de sementes, experiencias e relatos diversos sobre agricultura familiar, educação ambiental, economia solidária, entre outros. 

O dia ainda contará com uma atividade da APP Sindicato, que lembrará os 31 anos de violência contra os professores na greve estadual de 1988.” 

Agende-se

Dia 29 de agosto, quinta feira 

11h: Abertura do Túnel do Tempo – “A história da luta pela terra e a construção da Soberania Popular no Brasil” *
Apresentação da Trupe dos Encantados 
Local: Pátio da Reitoria da UFPR  

Dia 30 de agosto – sexta feira

14h:  Abertura do Espaço “Conhecimento em Movimento – em Defesa da Educação Pública” *** 

Debate “Agroecologia: cultura e ciência popular na resistência dos Povos no Território”
Convidados: 
– Ana Chã, MST
– Roseli Caldart, Instituto de Educação Josué de Castro (IEJC) 
– José Maria Tardin, MST  
Local: Boca Maldita



 

Edição: Laís Melo