Ásia

Israel: Gantz rejeita proposta de coalizão encabeçada por Netanyahu

Líder do partido Azul e Branco disse que trabalhará para formar "amplo governo de coalizão"; eleições ocorreram na terça

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"O país foi às urnas e fez uma escolha clara - a nação escolheu unidade. Azul e Branco ganhou as eleições", afirmou Gantz
"O país foi às urnas e fez uma escolha clara - a nação escolheu unidade. Azul e Branco ganhou as eleições", afirmou Gantz - Foto: Jack Guez/AFP

O líder do partido centrista Azul e Branco, Benny Gantz, rejeitou nesta quinta-feira (19) a proposta do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para formar um governo de coalizão sob a liderança do Likud e disse que unidade deve ser comandada por ele.

Segundo Gantz, após o impasse gerado pelas eleições realizadas na última terça-feira, um governo de coalizão seria a melhor solução, mas deveria ser liderado por ele, já que o Azul e Braco conquistou um assento a mais do que o partido de Netanyahu, embora não tenha alcançado maioria.

"O país foi às urnas e fez uma escolha clara - a nação escolheu unidade. Azul e Branco ganhou as eleições, Azul e Branco é o maior partido. Eu pretendo formar um amplo governo de coalizão liderado por mim, que refletiria a escolha da população", disse Gantz.

O primeiro-ministro israelense havia proposto ao líder do Azul e Branco a formação de um governo de unidade em Israel após a eleição legislativa não definir nenhum vencedor com maioria absoluta. "Não há outra opção a não ser formar um amplo governo de unidade", afirmou o premiê, em um vídeo publicando no Twitter.

Na gravação, Netanyahu pedia a Gantz, ex-comandante do exército e líder do partido centrista, para trabalharem juntos e assim evitar a realização de uma terceira votação. 

Segundo a imprensa local, depois de 97% dos votos apurados, Gantz está conquistando 33 assentos no Parlamento contra 31 do partido de Netanyahu, uma diferença mínima. Já a aliança de partidos árabes, aparece em terceiro lugar, seguido do ultra-ortodoxo Shas e do nacionalista Yisrael Beiteinu, liderado pelo ex-ministro da Defesa Avigador Liberman.

Com este número, nenhum dos dois principais partidos terá maioria absoluta para formar um governo. "Durante a campanha eleitoral pedi o estabelecimento de um governo de direita, mas, para meu pesar, os resultados das eleições mostram que isso é impossível", disse Netanyahu.

A mudança de postura do premiê israelense, porém, é reflexo de uma imagem enfraquecida, principalmente depois de não conseguir maioria tanto na votação de abril quanto na desta semana. "Benny, precisamos estabelecer um governo de unidade ampla, tão cedo quanto hoje. O país espera que nós dois demonstremos responsabilidade e que busquemos cooperação", reforçou Netanyahu.

*Com ANSA

Edição: Opera Mundi