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Alerj aprova a volta da "geral" do Maracanã

Projeto de Lei prevê a retirada de cadeiras dos setores Norte e Sul

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Retorno da "geral" exige a mudança nas estruturas do Maracanã. Quem vai pagar a conta?
Retorno da "geral" exige a mudança nas estruturas do Maracanã. Quem vai pagar a conta? - Alexandre Vidal & Paula Reis / Flamengo
Projeto de Lei prevê a retirada de cadeiras dos setores Norte e Sul

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta terça-feira (24) o Projeto de Lei (PL) dos deputados Zeidan Lula e André Ceciliano, ambos do PT, que pretende “recriar” a chamada “geral” do Maracanã. A matéria agora segue para sanção ou veto do governador Wilson Witzel.

De acordo com o texto base do PL, “o Maracanã necessita reforçar seus laços históricos com as parcelas da população de menor renda. A autorização para obras que venham a proporcionar o surgimento de setores com preços populares é o pontapé inicial para que o Maracanã reencontre a sua história e reforce os seus laços com seu povo, muitas vezes afastado pelo processo de elitização do futebol”.

A “ressurreição” da geral do Maracanã passa pela retirada de cadeiras dos setores Norte e Sul (atrás dos gols). A estimativa é que pelo menos 8 mil novos lugares sejam criados com a mudança. Além disso, o PL autoriza que outros locais do estádio recebam essa faixa mais popular de ingressos.

A grande questão, no entanto, é que a volta da geral requer a realização de obras no Maracanã para a retirada das cadeiras, adequação às normas de segurança, estudo do impacto estrutural no estádio, ampliação do número de banheiros, corredores e rampas de acesso, além de todo o processo de licitação necessário para a realização das mudanças. Ao mesmo tempo, as estruturas do “novo” Maracanã foram pensadas para acomodar um determinado número de pessoas sentadas ou em pé paradas. O retorno da “geral” com pessoas correndo pelo local, subindo e descendo exige a mudança nas estruturas do estádio.

É praticamente impossível que isso aconteça em menos de um ano. Assim, a geral só retornaria de vez em 2021. E mais: o contrato para uso emergencial termina no dia 15 de outubro. Para renovar o compromisso com o Flamengo (atual gestor), o governo precisa abrir licitação para empresas interessadas em gerir o estádio.

Vale lembrar que, por conta da crise financeira do Estado do Rio de Janeiro, a tendência é que o concessionário definitivo do Maracanã arque com os custos das obras. Flamengo e Fluminense fazem a administração do estádio desde a quebra do contrato com a Odebrecht.

É bom deixar claro que este colunista sempre foi favorável ao retorno da “geral” e à criação de setores com preços populares. Já não é de hoje que o torcedor vem se afastando dos estádios por conta dos preços exorbitantes dos ingressos e por diversos outros motivos. No entanto, a empolgação pelo retorno da “geral” deve dar lugar à prudência. Será mesmo que as diretorias de Flamengo e Fluminense não tinham condições de baratear o preço dos ingressos antes? Se tinham, por que não o fizeram? Será que a “geral” (tão querida por nós) era imprescindível para que baixassem o preço dos ingressos? E quem vai pagar as contas do estádio fechado para as obras necessárias?

São muitas perguntas sem resposta. E a tendência é que a “geral” ainda demore um pouco para retornar à vida.

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Edição: Brasil de Fato (RJ)