Paraná

LAVA JATO EM XEQUE

Gleisi afirma que procuradores da Lava Jato agora têm “grande problema”

De acordo com dirigente, Lava Jato construiu uma mentira e não sabe como se livrar dela

Brasil de Fato I Curitiba |

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O candidato à presidência em 2018 ressaltou que está pendente a votação no STF do habeas corpus que tem como pauta a suspeição
O candidato à presidência em 2018 ressaltou que está pendente a votação no STF do habeas corpus que tem como pauta a suspeição - Ricardo Stuckert

No final da tarde de hoje (30), lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) e advogados do ex-presidente Lula dirigiram-se à Vigília Lula Livre para explicar à militância a decisão de ex-presidente tomada nesta mesma tarde de recusar e denunciar o pedido dos procuradores da Lava Jato, direcionado à juíza substituta da 12ª Vara Federal, Carolina Lebbos, indicando a ida de Lula para o regime semi-aberto de pena.

A leitura é de que não há confiança em integrantes de um Operativo como a Lava Jato, cada vez mais desgastado diante da opinião pública, devido a várias irregularidades. A proposta assinada por Deltan Dallagnol não contempla a exigência de Lula por revogação completa da sua prisão e habeas corpus – como foi solicitado na mesma tarde por seus advogados.

“Os que oferecem meia liberdade para ele é os que o colocaram preso. O presidente Lula não está atrás de favor, está a favor de sua inocência. Ele disse que não vai sair daqui de cabeça baixa”, afirma Emidio de Souza, do diretório nacional do PT.

Nem mais convicções 

O gesto de Lula denuncia e ao mesmo tempo coloca os procuradores da Lava Jato em contradição, o que denuncia uma condenação frágil, sem provas, de acordo com a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann. “Eles têm um grande problema. Eles não tinham a dimensão do tamanho do Lula e com quem estavam lindando. E agora têm um problema, porque estão presos em uma mentira que eles construíram e não conseguem sair dela. Essa turma foi a mesma que fez aquele power point, lembram? Diziam que não tinham provas, mas convicções”, critica Gleisi.

O candidato à presidência em 2018, Fernando Haddad, ressaltou que está pendente a votação no STF do habeas corpus que tem como pauta a suspeição de Sergio Moro. O STF a qualquer momento pode decidir que o chamado processo do triplex do Guarujá pode ter sua sentença anulada. “Estamos dizendo que esse julgamento tem que terminar porque, se essa sentença for anulada, vamos levar o Lula para casa, de cabeça erguida, olhando para cada um de nós”, afirmou Haddad.

Edição: Redação Paraná