Reconhecimento

BdF é finalista do Prêmio Vladimir Herzog com reportagem sobre Chico Mendes

Especial que apresenta legado do seringueiro concorre na categoria Produção Jornalística em Áudio

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O principal legado do líder é a Reserva Extrativista Chico Mendes onde foi possível manter os trabalhadores em suas unidades reprodutivas
O principal legado do líder é a Reserva Extrativista Chico Mendes onde foi possível manter os trabalhadores em suas unidades reprodutivas - Miranda Smith / Miranda Productions Inc.

A reportagem Chico Mendes, a voz que não cala, produzida pelo Brasil de Fato, é finalista do 41º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. O material concorre na categoria Produção Jornalística em Áudio. 

Marcando 30 anos do assassinato de Chico Mendes, em 22 de dezembro de 1988, a reportagem narrou, em quatro audiodocumentários, como é a vida de trabalhadores de reservas extrativistas no século 21 e relembrou a vida e o legado do seringueiro para o povo da floresta.

Francisco Alves Mendes Filho atuou em Xapuri, no Acre, na luta pela permanência dos trabalhadores rurais em suas terras, pela reforma agrária e em defesa da preservação ambiental.  

A jornalista Sarah Fernandes, uma das responsáveis pelo material e indicada ao prêmio, conta que foi a Xapuri, junto com o fotógrafo e produtor Danilo Ramos, onde conviveram com seringueiros por uma semana. Lá, acompanharam o dia a dia de trabalhadores na Reserva Extrativista Chico Mendes e conversaram com pessoas que lutaram ao lado do seringueiro.

“A luta principal de Chico Mendes era pela qualidade de vida das populações seringueiras. A preservação da floresta era muito importante, pela questão ambiental, mas sobretudo para manter a qualidade de vida dessas populações. A grande luta era para que o seringueiro tivesse acesso à educação, à saúde, à renda fixa mensal através do trabalho dele.”

Sarah também destaca que o resultado do audiodocumentário é fruto de um trabalho coletivo. Além da jornalista e do fotógrafo Danilo Ramos, a equipe foi formada pela também fotógrafa Denise Zmekhol; pela jornalista Daniela Stefano, responsável pela edição; pelos operadores de áudio e sonorização Jorge Mayer e Adilson Oliveira; e pelo ilustrador Lucas Milagres.

Finalistas

Outras duas produções concorrem ao prêmio na mesma categoria: Acharam meu pai vivo – Podcast sobre a cobertura da tragédia de Brumadinho, do veículo GaúchaZH; e LGBTfobia: Medo de quê?, da Rádio CBN.

O prêmio existe desde 1979 e é concedido a trabalhos que valorizam a democracia e os direitos humanos. Este ano, a premiação bateu o recorde histórico de inscrições, com 692 produções em seis categorias.

A cerimônia do 41º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos ocorre no dia 24 de outubro, às 20 horas, no Tucarena (SP).

Edição: Camila Maciel