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Início Bem viver Cultura

Literatura

Retrato do racismo em “Recordações do escrivão Isaías Caminha” permanece atual

Obra-prima de Lima Barreto, lançada há 110 anos, ganha reedição da Editora Expressão Popular

18.out.2019 às 06h48
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h52
São Paulo (SP)
Bruna Caetano
Neto de escravos, Lima Barreto só teve seu trabalho reconhecido após sua morte, e hoje é considerado um dos maiores autores brasileiros

Neto de escravos, Lima Barreto só teve seu trabalho reconhecido após sua morte, e hoje é considerado um dos maiores autores brasileiros - Reprodução

“Recordações do escrivão Isaías Caminha”, de Lima Barreto, é o livro do mês do Clube do Livro, da editora Expressão Popular. A obra é um marco na disputa de espaço por negros na sociedade brasileira, e retrata o racismo presente nas instituições e instâncias de poder, 20 anos após a abolição da escravatura. A obra foi publicada pela primeira vez em 1909.

O enredo acompanha a história de Isaías Caminha, um jovem negro do interior, que tinha a ambição de se tornar “doutor” no Rio de Janeiro. É quando encontra diversas dificuldades pela sua cor, mostrando a incapacidade do país incorporar pessoas negras à sociedade, mesmo depois da abolição.

Para Tiago Coutinho, professor do curso de jornalismo na Universidade Federal do Cariri (UFCA) e um dos responsáveis pela reedição da obra, o livro ajuda a compreender o Brasil contemporâneo.

“Temos um amplo debate no Brasil em torno das cotas raciais, e esse debate ainda está em disputa”. Reeditar esse livro, para ele, é uma possibilidade de continuar a discussão que ainda não está superada.

“Ler Recordações de Isaías Caminha ajuda a compreender o período político que estamos vivendo, e o racismo estrutural na sociedade”.

A reedição do livro, com o selo da Expressão Popular, tem prefácio de Irenísia Torres de Oliveira, pesquisadora da obra de Lima Barreto.

Ela destaca a importância de bolsas de estudo e políticas de permanência estudantil para que negros e negras com sonhos como o de Isaías não sejam obrigados a deixar de estudar. E critica: “Numa universidade a serviço do mercado, como quer o lamentável ministro Weintraub, de novo não haveria lugar para jovens como Isaías”, referindo-se ao ministro da Educação, Abraham Weintraub.

Para ela, é preciso lutar para que os currículos nas universidades não sejam pensados para estudantes em boas condições de vida – um dos motivos que teriam levado Lima Barreto a abandonar o curso na Escola Politécnica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A obra

O livro, primeiro de Lima Barreto, narra a história de Isaías Caminha, um jovem pobre do interior que sonha em ser “doutor” para melhorar de vida. Muda-se para o Rio de Janeiro munido de uma carta de recomendação, mas encontra vários obstáculos relacionados a sua cor e condição social. Não consegue iniciar os estudos para ser doutor, não consegue emprego e passa a viver nas ruas. Já não tem mais nenhuma esperança, quando um homem que conheceu na chegada ao Rio o leva para trabalhar na redação de um grande jornal. A partir daí, a história traça um retrato demolidor da imprensa, denunciando jogos de interesse, parcialidade e sensacionalismo, além da falta de preparo dos jornalistas.

O autor

Lima Barreto nasceu no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1881 e morreu aos 41 anos em 1º de novembro de 1922. Foi jornalista e escritor, publicando em jornais e revistas. Entre romances, contos e sátiras, escreveu 19 obras. Teve problemas com alcoolismo, o que deixou sua saúde bastante debilitada, e passou por diversas internações. É considerado um dos maiores escritores brasileiros.

Editado por: João Paulo Soares
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